Rivais - Catradora +18

25.2. Saudades

Não se esqueçam de seguir nas booksredes p apoiar meu trampo de escritora independente 💪 @autorekimmcharlie (insta) Me sigam aqui no wattpad tbm!

~~~~~

ㅡ Eu tô TÃO feliz por vocês!

Perfuma bate palminhas e me ponho a sorrir tímida, cobrindo o rosto. Batman encara Pâmela curioso e com o rabo abanando. Ele está bem mais confortável conosco do que quando veio para casa.

Isso me deixa feliz, saber que lentamente ele está se permitindo deixar ser amado de novo, mesmo que tenha sido abandonado muitas vezes e isso tenha lhe deixado traumas que espero não serem incuráveis. Inesquecíveis não. Curaveis sim.

ㅡ Você é uma fofa. ㅡ digo apenas, abrindo a mochila e me deparando com os livros que comprei.

Vejo o presente de Catra que esqueci de entregar e minhas sobrancelhas saltam.

ㅡ Vai sair hoje? ㅡ pergunto.

ㅡ Não, por que?

ㅡ Ia pedir pra você entregar isso a Catra... ㅡ levanto a mão com o livro ㅡ A gente passou tanto tempo tagarelando que eu esqueci de entregar a ela.

Deslizo os dedos pela capa em tons queimados de amarelo e azul com um relevo sobre o título.

ㅡ Por que você mesma não entrega e aproveita pra ver a Catra, boba!?

Dou de ombros, ainda encarando o livro.

ㅡ Não sei... só... A gente passou o dia juntas. ㅡ torno a observar minha irmã. ㅡ Não quero sufocá-la.

Lentamente Pâmela entra no meu quarto com os braços para trás e os passos silenciosos, até encostar a cabeça no meu braço.

ㅡ Mas você só vai entregar um presente. Manda mensagem, pergunta se pode entregar rapidinho o livro pra ela e diz que amanhã é sábado, usa isso como desculpa para não entregar na escola. Se caso ela te convidar pra entrar... você fica, se não, terá sua resposta, e aí você volta. Em ambos casos não vai tá incomodando ninguém.

Mordisco o lábio de baixo e cogito a ideia por alguns segundos, aproveitando o momento de responder para dizer:

ㅡ Rapaz, não é que você pensa.

Pamela derruba seu sorriso, dar uma risada falsa e resmunga alguma coisa como "engraçadinha". Dou risada e a espero sair do meu quarto  repetindo sobre entender o porquê Catra me odiou por tanto tanto e blá blá.

Não deixo de sorrir. Amo implicar com as pessoas que amo.

Sento na cama e encaro para Batman, deitado no canto do quarto, com a cabeça apoiada nas próprias patas.

ㅡ E ai, garotão. ㅡ ouso bater as mãos nas coxas. O cachorro reage, levantando a cabeça e mexendo o rabo. ㅡ Vem cá, vem cá. ㅡ afino a voz, Batman levanta de corpo inteiro, porém não se move. ㅡ Tch, tch, tchㅡ dito isso ele finalmente vem, a passos lentos.

De mansinho estendo a mão para que ele cheire ao invés de tentar fazer o primeiro gesto, espero que Batman der o primeiro passo e se sinta confortável o suficiente para receber carinho até gradativamente levar meus dedos no seu pescoço.

Batman fecha os olhos por alguns segundos e abre a boca para sorrir e colocar a língua para fora. Quase choro de emoção ao vê-lo dessa forma, tão relaxado.

Confesso que com a inúmeras tentativas, imaginei que levaria mais tempo para poder dar o mínimo de carinho a ele. E uma simples aproximação para mim já é uma enorme vitória.

ㅡ Você tá em casa, amigão. Tá seguro comigo, eu prometo.

Batman permanece por alguns minutos sentado recebendo afago até se afastar da cama e voltar para o tapete, a qual descobri que por alguma razão desconhecida, ele prefere deitar-se sobre do que sua própria cama ( que me tomou uma boa quantia do salário, vale ressaltar).