CAPITULO 2

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Alex me observa por quase uma hora do banco do motorista, enquanto eu choro sentada no do passageiro, com o carro parado no estacionamento do salão de festas.

Depois de eu ter praticamente implorado para que ele me tirasse daquele lugar, ele não falou nada, apenas o fez. E aqui estamos. Ele no terceiro cigarro, e eu na quarta tentativa de parar de chorar. Belo casal que compomos.

— Formamos um belo casal. — Ele quebra o silêncio com sarcasmo, como se tivesse o poder de ler minha mente.

Eu olho em sua direção, e ele me sorri amarelo, com o cigarro a pender no canto de sua boca. A luz da lua, que agora já domina o céu, atravessa o para-brisa e faz seus olhos cor de mel brilharem, assim como a pele morena de seu peito, que esta amostra agora que ele abriu os botões da camisa. Ele está tão lindo...

Não penso muito para me mover para seu colo, lhe dando um pequeno susto com a minha ação.

— Porra, Diana. — Ele pragueja.

Arranco o cigarro de sua boca, o jogando pela janela do carro, e o calo com a minha boca, antes dele reclamar do desperdício.

No momento seguinte ao que minha boca choca com a sua, as mãos de Alex já estão em mim, puxando meu vestido para cima. Eu não preciso dizer nada. Ele sabe a única coisa que eu quero agora.

Ele sobe meu vestido até minha cintura, e trata de abrir o zíper de sua calça com pressa, enquanto eu bagunço seu cabelo e devoro seus lábios, ainda entre lágrimas. Eu o quero. Eu preciso dele. Eu preciso de uma anestesia instantânea.

Alex empurra minha calcinha para o lado, e me penetra severamente. Cravo minhas unhas em seus ombros sobre a camisa, e jogo a cabeça para trás soltando um sonoro gemido de prazer, o sentindo me preencher completamente. Começo a me movimentar sobre ele, o fazendo entrar e sair de mim duramente.

— Você me ama? — Pergunto gemendo.

— Sim. — Alex responde, com os lábios pressionados contra meu pescoço.

— Então diz. — O empurro para dentro de mim, e saio.

— Eu te amo.

— De novo. — Repito a ação.

— Eu te amo.

— De novo. — Acelero os movimentos, fazendo barulho devido ao choque de nossos corpos. Fecho os olhos, sentindo meu clímax chegar.

— Caralho... Eu te amo! — Ele grunhe, e eu chego lá, me jogando em seus braços.

Meu corpo relaxa, e a sensação de paz me domina. Nem tento abrir os olhos. Sinto Alex me tirar de seu colo e me colocar sobre o banco do passageiro. Ajeito-me e, antes que eu possa me dar conta, já apaguei.

(...)

Desperto de um sono profundo de uma maneira extremamente desagradável: com fumaça a invadir minhas narinas e uma batida frenética a tentar estourar meus tímpanos. Me sento bruscamente, e uma dor aguda percorre minha cabeça. Volto a deitar imediatamente.

Que porra é essa?!

— Alex! — Chamo-o com um grito, mas com a música alta que toca no apartamento é impossível ele me ouvir.

Em uma tentativa de abafar o barulho infernal, cubro minha cabeça com o travesseiro do meu namorado. O aroma de tabaco impregnado na fronha faz meu estômago revirar, e eu me vejo obrigada a ignorar a dor de cabeça e correr para o banheiro.

Vomito até minha garganta arder, então caio sentada ao lado do vaso. Meus olhos pesam, e eu os deixo fechar.

Abro meus olhos sem ter a certeza se cochilei, e por quando tempo. Ergo o rosto e noto Alex na porta do banheiro, com uma garrafa de cerveja na mão e um cigarro no canto da boca, a observar minha cena deplorável.

Todo o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora