flamingos

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*Capítulo aberto para novas edições*

  16:24        

       Algumas grossas gotas de chuva começavam a cair, atingindo a janela de meu gélido e escuro apartamento.
      Ao fechar meus olhos para degustar do conforto que o silêncioe a solidão me causavam, ouço um firme trovão ecoar por todo local e logo uma chuva torrencial começar a tomar conta da cidade de Manhattan naquela tarde firmemente fechada.
      Respiro fundo e dou mais um gole em minha bebida quente, o ato faz meu corpo estremecer e arrepiar levemente. Deixo o objeto já  vazio ao lado da poltrona onde me encontrava, e sigo em direção ao meu quarto. Ao passar pelo corredor, sinto uma brisa gelada me atingir. A janela da cozinha estava aberta, pensei.
E mais alguns passos depois, chego aonde queria.
       Deito-me em minha cama fria, que, a não muito tempo atrás, era aquecida por um corpo jovial, com olhos quentes e castanhos, cujo cabelo era curto (um pouco acima dos ombros). possuía uma pele branca e, que emanava dela, um cheiro maravilhoso. Uma mulher. Uma única mulher.
Encosto minha cabeça no travesseiro e dou de cara com um extenso teto branco, sinto meus olhos cada vez mais pesados e minha respiração cada vez mais leve. Quando finalmente, meu corpo relaxa por completo fazendo minha mente cair em um sono profundo.
      De repente, meu corpo não sentia mais a maciez dos lençóis e o frio rigoroso que fazia em Manhattan parecia ter cessado, juntamente com o sentimento de solidão quem me rondava a quase um ano.
       Era verão, o cenário a minha frente indicava isso. Um por do sol magnífico ocorria naquele exato momento.
O céu tinha leve tons de rosa e laranja e, consequentemente, refletindo em algumas nuvens que teimavam em aparecer por ali.
Tudo não passava de um colorido borrão. Em alta velocidade, eu dirigia na costa de uma praia qualquer, o vento forte batia em nossos rostos brincando com seus cabelos rebeldes. Seus olhos, sempre en chamas, me devoraram, e sua boca, levemente úmida, possuía o sorriso mais lindo que já pude presenciar. Suas vestes eram casuais:
Short curto, chinelos de dedo e uma camisa grande verde musgo, sem estampa. Cantávamos animadamente uma música qualquer que passava na rádio. Respiravamos a liberdade.
Éramos nós contra o mundo, prometemos uma a outra que sempre seria assim.

       

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⏰ Última atualização: Sep 18, 2023 ⏰

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