Nem sempre amar significa dar certo. Às vezes é preciso maturidade para perceber que por mais que seu coração bata forte e você queime intensamente por alguém, vocês não são compatíveis. E por mais que você queira, é impossível tornar homogênea uma mistura de água e óleo.
Às vezes um gesto de amor também é deixar a pessoa ir. A libertar daquele ciclo vicioso de mágoas que só parece crescer a cada noite, a cada palavra mal compreendida, a cada briga dolorida que deixa marcas tão profundas que a cicatrização parece impossível de acontecer. Amar também significa perceber o quanto vocês não fazem bem um para o outro, como uma reação potente de água no ácido.
Às vezes é necessário dar o beijo de adeus, aquele que dói profundamente em cada contato e que você espera que não acabe nunca, pois no fundo você sabe que não há mais um futuro para vocês. Que você deseja não abrir os olhos nunca mais, porque as lágrimas vão vir e a verdade vai te atingir: por mais que se amem, não nasceram para dar certo. É como tentar encaixar um quadrado em um círculo, impossível de funcionar.
E por mais que doa imensamente em seu coração, você só espera que no final valha a pena cada sacrifício. Porque tem relacionamentos que são como as borboletas: tem vida breve e vem logo a acabar.
