CAPÍTULO 1

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Eu devo ter jogado pedra na cruz. EU SOU AZARADA. Quero dizer, eu entro em frias com tanta facilidade Pisquei, entrei em uma fria.

Anotem aí: Carolina entra mais em fria que o polo norte.

Se a culpa é minha? Juro que não! Devia ter ficando em casa. Quando eu penso que estou evitado problema, arranjo um enorme. Ah, merda! Era meu primeiro dia nesse trabalho Não podia esperar chegar no terceiro ou alguns? Devia ser algum sinal do além. Só podia ser isso. Devia ser alguma aparição maluca ou doente que queria se comunicar comigo.

Poderia pular a janela, mas seria suicida demais; poderia deixar a torneira brilhosa ligada até inundar todo o lugar, mas não dava! Não podia fazer mais coisas idiotas, já me bastava ter quebrado o trinco da porta. Não era qualquer porta, era a porta luxuosa de madeira.

Deus que me livre de pagar prejuízo, nem peguei meu salário, pensei.

Tudo que vi no hotel, em meu primeiro dia, incluía luxo..

Carrinho luxuoso.

Bandeja luxuosa.

Roupas e pessoas luxuosas.

Até o vaso era luxuoso! O vaso para cagar. Só faltava o papel higiênico ser de folhas de ouro, embora tivessefolha dupla com um cheiro bom para caramba. Coisas simples no meu dia, mas lá não mostrava ser assim. Muita sofisticação e coisas modernas. Sim, onde tem uma banheira no banheiro, um box dividido, um vaso. Tudo bem feito e com a famosa estética dos ricos.

Eu era incapaz de detalhar tudo. Sou imprestável em detalhes pequenos e blá, blá, blá. E o que Carolina Lelis fez dessa vez? Carolina ficou presa. Quanto tempo? Horas. Horas incalculáveis. Como ninguém percebeu meu sumiço? Eu era tão inútil assim? Cheguei a gritar, mas nada. O medo de passar a noite ali crescia a cada momento. Minha irmã sentiria minha falta, eu tinha certeza. Mas, quando?

Meu estômago começou a fazer sons estrondosos de fome e logo a irritação predominava. O silêncio mortífero se juntou aos meus pensamentos. Bati mais uma vez com o pé na porta. Nada!

Já podia concluir que seria demitida, e por quê? Minha culpa? Não, culpa daquela porta do cão. Da porta que decidiu me fazer de trouxa. Saí de casa feliz, limpei o primeiro quarto ao lado daquele, mas quando chegou nele... Porra! 

Sentei-me, sabendo que não sairia dali naquele dia. Me ferrei por completo.

— Fim de história para você, Carolina! — murmurei para mim mesma.

Ultimamente eu vinha tendo tantos impedimentos. Na faculdade, que por falta de dinheiro e pela mesma ter barrado meu retorno, assim, do nada. Sem dizer que eu sempre fui dedicada, sem dizer que envolvia desejo e vontade.
Levantei-me novamente e comecei a abrir tudo que podia. Abri o armário e o vi bem arrumado, sinal que me fez notar que alguém estava no lugar. Não podia confirmar, foi tempo de entrar e ir para o banheiro tirar o lixo, só lembrava de estar tudo arrumado. Mas, olhando para aqueles produtos, a escova de dente... Sim, alguém reinava naquele quarto. Se bem que era algum lorde do luxo, para viver tão bem. Olhei para o creme de barbear e o abri, sentindo o cheiro gostoso e masculino. Peguei alguns potinhos com pílulas, calmantes e analgésico, deixando tudo no devido lugar em seguida, e abrindo as duas gavetas abaixo da pia.

Nada.

Abaixei-me e abri o armário. Ali tudo funcionava tão bem, por que a porta não podia funcionar?

Peguei a caixa de primeiros socorros, a inspecionei e não vi nada que me animasse, mas enquanto a revirava, fiquei espantada com o pacote de camisinhas que achei. Peguei e vi o sabor destacado. Morango, ainda. Passei meus olhos pelo pacote e fiquei surpresa.

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2023 ⏰

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