𝐌𝐚𝐥𝐝𝐢𝐭𝐚|𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳

Congelado em Solidão

A realidade quebrou a nossa magia em um suspiro de chispas. O mundo à nossa volta se transformou em um labirinto de sentidos confusos, gritos distante e um mundo cinza tomando conta de todas as cores. Aquele momento santo foi quebrado em um único grito.

— Evaaaa! - Gritou Morgan.

— Eu vi ela Bill, ela estava ali! — Ela aponta para a saída do rio.

— Só têm nós aqui! Você tem certeza do que está dizendo? — Questiono a garota.

— Sim, eu tenho certeza! Eva é uma Demônia evoluída, consegue se teleportar a qualquer hora e em questões de segundos. — Diz Morgan com tom de frustração em sua voz.

— Ei! Não fique assim, a gente vai encontrar ela novamente. — Pego em sua mão para seguirmos a nossa missão.

As horas se passam enquanto caminhamos por uma rua deserta e silenciosa. Morgan estava em silêncio, o acontecimento pela manhã havia tirado toda aquela alegria que existia em você.

Eu olhava para a garota e a sua expressão falava mais do que mil palavras. Eu podia ver a desolação se refletindo na sua face.

Eu senti a necessidade de mostrar que você não estava sozinha.

— Eu sei que você está frustrada, mas você não precisa passar por isso sozinha. A minha solidão é a sua solidão, e a minha força é a sua força.

Rapidamente a garota fixa seus olhos negros em mim. Sua pele parecia tão pálida, seus lindos lábios estavam sem cor e ressecados. Algo parecia estar errado com si, mas mesmo assim resolvo prosseguir com minhas palavras.

— Não importa a dificuldade da sua situação, você pode contar comigo, em qualquer momento. Eu quero te mostrar que você não está sozinha, e poder contar comigo, como eu estarei sempre contigo, para atravessarmos essa batalha. — Lhe dou um abraço. — Estou pronto para ajudá-la, e dar-lhe a força que precisa.

Ao abraça-la, senti seu coração batendo fortemente.

Mas o que é que estava acontecendo com essa garota?

— Bill? Eu acho que não estou bem, tem algo de errado comigo. — Ela solta as palavras em meio de sussurros.

— O que você está sentindo? - Tem algo que eu possa fazer? — Perguntei a ela.

Ela me olhou, enquanto a leveza de sua cara acariciava minha pele. Morgan fechou os olhos, e lentamente, seu corpo deu sinais de fraqueza, até que ao meu toque, seu peso cedeu contra meus braços. O seu corpo murchou na minha posse, e eu me senti completamente perdido.

— Morgan!? Por favor, me responda. —Eu repetia infinitamente as mesmas palavras, até ela acordar.

Minha respiração se tornou mais acelerada, e fiquei paralisado. Como fazer? O que fazer agora? Em todas as decisões, há uma escolha. Mas nesse momento, não conseguia escolher, apenas permaneci imóvel com medo de agir. Minha mente corria, mas meu corpo ficava parado, num cenário bizarro de não reagir.

Não era a hora ideal para começar a pensar nisto, mas, aquele momento, o momento em que te encontrei, se prolongou em meus pensamentos, ao ponto de me tornar prisioneiro do mesmo. Eu não conseguia pensar em outra coisa além de você, o meu momento de melancolia perdurava. Não podia parar de pensar naquele momento, onde meu coração me traiu, me deixando desesperado e sem esperanças

Minha mente não conseguia entender o que estava acontecendo comigo. As sensações que você despertava em mim, desencadearam um sentimento dentro de mim, que nunca conhecera. Minha alma pulsava rápido, meu corpo empolgava, minhas emoções giravam em uma bola de neve.