𝓤𝓵𝓽𝓲𝓶𝓸 𝓢𝓸𝓻𝓻𝓲𝓼𝓸?

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Seria aquele o último sorriso dela?

A manhã que havia se iniciado era diferente das outras, a cidade vinha sofrendo com ondas de calor intensas e chuva escassa, no entanto naquele dia era diferente, haviam nuvens cinzentas por todo o céu e trovoadas frequentes.

O quarto dos La Selva estava pouco iluminado, apenas pelo abajur de um dos lados da cama, Antônio estava completamente descoberto, com as pernas abertas e de barriga para cima na cama, já Irene, estava coberta, virada de costas para ele com as mãos juntas abaixo do travesseiro.

Alguns trovões se fazem presentes no ambiente, o que faz a mulher acordar um tanto assustada com o barulho, as gotas de chuva começaram a colidir com os vidros das janelas e das portas da varanda, sentou -se na cama e olhou a hora em seu celular, ainda era cedo.

Olhou para o lado sonolenta ouvindo um barulho de ronco e sorriu ao olhar o homem esparramado sobre a cama, voltou a se deitar de frente para ele e fechou os olhos outra vez.

Por conta dos barulhos e das rajadas de trovões altos, o sono parecia não chegar para ela o que a faz suspirar abrindo os olhos, colocando a mão sobre os ouvidos se remexeu sobre a cama.

Por conta do colchão se mexendo abaixo de si, Antônio acordou e começou a resmungar.

- Que que foi Irene?

Ao ver que o marido estava acordado ela sorriu fraco se aproximando do homem.

Antônio se surpreende quando a vê deitada por cima de seu braço, mesmo sonolento ele suspira e a puxa para mais perto de si a fazendo apoiar em seu peito.

A sente respirar fundo e relaxar, levando uma das mãos aos cabelos dela, ele deixa um beijo em sua testa voltando a dormir.

Sentindo-se bem outra vez, ela sorriu fraco voltando a dormir junto a ele.

As horas se passaram e a chuva apenas aumentava a cada minuto que se passava, Antônio acordou por volta de 09;00, sentindo algo em seu corpo ao olhar para o lado observa a esposa agarrada a ele o que lhe arranca um sorriso.

Por se remexer para se levantar, ela se virou para o lado de costas para ele acordando junto ao homem.

Ele se sentou na cama passando a mão pelo rosto, e ela faz o mesmo, porém apenas o observa, Antônio se virou para ela que sorriu com o ato.

Nenhum dos dois eram falantes antes do café da manhã, e sempre acordavam em total silêncio, ambos se levantaram e ela seguiu até as portas da varanda abrindo a cortina deixando a claridade do dia adentrar o cômodo.

Observou o céu por alguns minutos e sente braços fortes ao redor seu corpo a puxando para perto de si. A morena sorriu pegando as mãos dele em sua cintura entrelaçando seus dedos.

- Bom dia... Murmurou ele sonolento deixando um beijo em seu pescoço.

- Bom dia... Sussurrou ela sorrindo enquanto observava o clima. - Chuva...

- É... Pelo visto vai ser o dia todo assim... Ele suspirou. - Pelo menos molha a plantação

Ela concordou com a cabeça e se virou para ele o olhando nos olhos.

O homem sorriu com a cena e lhe deixou um beijo sobre a testa seguindo para o banheiro.

Depois que ele saiu, a morena seguiu o mesmo caminho e adentrou o banheiro, retirou a camisola que usava e logo estava embaixo do chuveiro quente.

Ficou alguns segundos parada apenas sentindo a água escorrer entre as partes de seu corpo, assim que saiu, enrolada em um roupão de banho, seguiu para o closet observando o cômodo vazio.

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