- 𝐔𝐧𝐩𝐫𝐞𝐝𝐢𝐜𝐭𝐚𝐛𝐥𝐞 -

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Eu não digo nada, apenas escuto, observando cada um dos membros da equipe se preparar para o que está por vir. Agora eu sou temida em toda a cidade, uma líder firmemente cruel. Todos me respeitam e me temem, mas eu também sei que eles estão dispostos a sacrificar tudo por mim. Eles sabem o quão perigosa sera essa missão, mas eles também sabem que eu sou a única pessoa que pode liderá-los à vitória. Nós caminhamos para o prédio, sentindo o peso da situação em nossas mãos. Pessoalmente, eu estou confiante. E mesmo com toda essa pressão, temos um objetivo em mente, e faremos tudo o que for necessário para realizá-lo. Este não é um jogo para nós, como era para Tom, não é uma brincadeira. Esta é uma coisa séria, e estamos prontos para enfrentar essa responsabilidade. Ao chegarmos em frente ao prédio, a gangue se coloca em posição. Eles estão lá dentro, só não sabemos se eles já deram nota de nossa presença. Levanto a mão, assinalando para eles entrarem. Eles avançam, lentamente, com cuidado, preparados para qualquer coisa. Mas parece que Tormento também está preparado. É como se eles estivessem escondidos, esperando pelo momento certo para nos atacar. Mas nós permanecemos atentos. Sabemos que algo está acontecendo.

"Chegou a hora de colocarmos o plano em ação. Eu não estou brincando mais." Minha ordem foi fada, e eles começaram a agir. Eles estão prontos para fazer qualquer tipo de violência necessária para tirar qualquer informação desses malditos rebeldes. É uma cena assustadora e sangrenta, mas não me permito vacilar. Eu sei que isso é o que é preciso. Isso é o que é necessário. Farei tudo por ele, por quem foi arrancado de mim.

Não tenho medo de me sujar de sangue, não tem medo de sujar ninhas mãos. Isso é necessário para proteger oque me pertence. Não vou vacilar perante essa adversidade. Estou pronta para tudo, não importa oque venha. Pronta para tomar medidas extremas, se necessário.

As duas gangues entravam em combate enquanto o caos aumentava no prédio. As balas voavam para cada lado, enquanto lutavamos em cada escada e em cada quarto. A violência era brutal, não houve misericórdia por parte de nenhuma das gangues. A gangue de Tormento não estava disposta a se render, e nós não estamos dispostos a recuar. A luta foi extremamente violenta, com muitos feridos e até mortos, de ambos os lados. Mas Bill, Gustav e Georg permanecem ao meu lado, de pé.
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Lírio pov:

Meu sangue gelou ao ouvir os sons abafados que emanavam de trás da porta fechada. Parecia uma espécie de briga sendo travada. Quando a porta se abriu, eu vi as duas figuras lutando ferozmente, trocando olhares, e cada uma se recusando a recuar.
Meu prisioneiro, que geralmente era tão dócil e obediente, parecia ter decidido testar minha paciência, atacando um de meus homens. Me aproximei da porta, avançando lentamente em direção ao caos. A cada passo, os sons ficavam mais altos e o ar mais tenso. Ao me aproximar o suficiente para entender as palavras que estavam sendo ditas, Tom estava com seu cabelo longo emaranhado e bagunçado, os punhos voando pelo ar. Seu aperto era forte, seus movimentos rápidos e precisos, pude ver meu funcionário lutando para se defender e falhando miseravelmente. A discussão parecia estar aumentando, a energia entre eles era palpável, e eu temia que logo isso se transformasse em algo muito mais perigoso.

"Tom!? Que merda você acha que está fazendo!?" Gritei, na intenção de parar a briga, mas foi inútil. Eu poderia me aproximar, mas não acho que seria uma opção inteligente perturbar Tom, cujo humor poderia ser volátil e imprevisível neste momento. Minha voz ecoou pelos corredores da mansão, neus gritos soando como um alarme estridente, convocando outros dois homens próximos para auxílio. Com pressa, eles correram para o meu lado, os dois formando uma equipe improvisada, prontos para neutralizar a situação antes que ela piorasse ainda mais.

Os dois homens rapidamente entraram em ação, e sua força combinada provou ser eficiente contra Tom. Juntos, eles conseguiram contê-lo, afastando-o do homem ferido e segurando-o com segurança. Me aproximo, encarando Tom, sujo do sangue ao qual não o pertencente.

Naquele momento, percebi que havia subestimado seriamente a capacidade dele. Ele passou tanto tempo cooperando, por que mudar agora?

Meus passos eram lentos ao me aproximar de Tom, meus olhos fixos nele enquanto me aproximava com cautela. Eu podia sentir seu coração acelerado, o ar subitamente pesado e carregado de tensão, enquanto eu colocava a mão em sua bochecha ensanguentada, o calor de sua pele era quase demais para suportar. Há quase um ano, eu soube que meus sentimentos por ele eram muito mais profundos do que jamais gostaria de admitir. Ao limpar uma mancha de sangue, eu vi a confusão em seus olhos, a dor e a tristeza gravadas em cada linha de seu rosto. Eu queria confortá-lo, dizer-lhe que entendia a dor que ele estava suportando, que eu estaria ao seu lado, não importava o que acontecesse. Mas o peso dos seus próprios sentimentos me impediram de fazer qualquer coisa.

Ele me odeia.

Âmago - Tom Kaulitz E Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora