Culpa?

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Isso não faz sentido.
Tu disse que me amava.
Mas do nada, foi embora.
Agora estou aqui.
Sozinha.
Estagnada.

A mercê da destruição.
Vou cair na minha própria escuridão.

Não quero te quero de volta.
Não por estar lendo isso.
Porque não faria nenhum sentido.
E não importa.

Tu me deixou despedaçada.
E não se importou com isso.
Me roubou tantas coisas que nem posso contar.
Adentrou sem minha permissão em mim.
Fez a bagunça que bem entendeu.
Só depois de ver o que fez, foi embora.

Não olhou para mim.
Não se importou com minha devastação.
Me matou por dentro.
Me enganou.
Roubou algo que não deveria.

Quando percebi tudo.
Me culpei infinitamente.
Me obriguei a manter o silêncio.
O medo tomou-me conta.
A culpa era minha.
Sempre foi.
Não foi isso que você disse?
Mas tu sabe o que fez.

Mas foi tu.
Tu que fez isso.
E não faz sentido eu me culpar.
Quando quem teria de se flagelar era você.
Não eu.

Poesías não tão docesOnde histórias criam vida. Descubra agora