capítulo 1

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Você já parou para pensar se você está vivendo ou apenas existindo? Olá, o meu nome é Camila Martin e essa é a minha história. Tudo começa na pequena cidade Porto do Cristal, o fim do mundo, um lugar esquecido pelo tempo e por Deus. Aqui, onde a terra é seca e a falta de água é normal, eu nasci em uma simples casa feita de tábuas de madeira, uma casa de 3 cômodos: a sala, o quarto e o banheiro. Nós fazíamos comida do lado de fora de casa, com o fogão a lenha. Bom, vamos começar a história.

No quarto, está dormindo João em um colchão. Ele é acordado com a voz de sua mãe o chamando para ir tomar o café.

Rosa: - Acorda João, o café vai esfriar.

João acorda, se levanta e, antes de sair do quarto, ele abre a janela, deixando a luz do sol entrar no quarto. Ele sai do quarto indo até a sala. A garrafa de café fica em cima de um criado mudo. Sua mãe está sentada no sofá, fazendo crochê. O rádio está ligado, onde falava sobre as notícias de São Paulo.

Rosa: - Nossa, até que enfim você acordou.

João: - Bom dia mãe.

Rosa: - Você depois pode ir até o mercado para mim?

João: - Tá, só deixa eu beber o café e passar água no rosto.

João foi até o banheiro, ficando perto da pia. Ele abre e joga água em seu rosto e olha para o espelho que está na sua frente. Respira fundo e fala:

João: - Mais um dia nesse inferno.

João sai do banheiro, termina de tomar o seu café e vai até a sua mãe e fala:

João: - Mãe, eu vou para o mercado para você e para comprar o quê?

Rosa se levantou e foi até o quarto, onde ela pegou uma nota de 20 reais e entregou para João.

Rosa: - Vai comprar um pó de café, manchete e 6 ovos.

João: - Tá, eu já volto.

João sai de casa, indo até o mercado. No caminho, ele começa a observar o céu e vê pássaros voando. Ele já começa a imaginar como seria voar.

João: - Se eu pudesse voar, eu ia viajar o mundo ou só ir para um lugar bem longe daqui.

Ainda no caminho, João ouve alguém falar bem alto:

Voz: - Viado!

Acompanhado de vários risos, João olha para frente e vê que quem tinha falado era o Marcos e seus amigos olhando e rindo de mim. Com um sentimento de medo dele me bater e vergonha por aquilo ter acontecido, então com a cabeça baixa, eu passo reto por eles. Marcos já atrás fala:

Marcos: - Já vai indo, senhorita ? Você não pode chupar o nosso pau antes ?

Os amigos que estão com ele começaram a rir. Eu só saí correndo sem olhar para trás, com muita raiva e vergonha

fera radical Onde histórias criam vida. Descubra agora