África

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Corre nos a raiva e a dor pelas veias
Temos intermitência de nostalgias amargas e feias
Do frio das correntes sobre os vossos mares gelados
Das recorrentes intrigas entregues para cegar nos
E ainda nos chamam de burros por nos temos matado.

Quando houve terror em vossa casa
Não opinamos,não nos metemos nem os causamos,
Quando a desgraça bate a porta dos coitados
Vocês destroem e corroem as nossas instituições
Concessionam as nossas explorações
Culpam nos pelo que causarem e
Fingem resolver o que criaram

Não temos fé no ciclo da história
São tantos séculos como marionetes
Que até julgamos ser livres,
Passamos da corrente para enchada
Da enchada para os juros,
Dos Deuses para o Deus
Da bigamia para homofobia.

Continuo a ver a luz no fundo da caverna
Mas um dia, encontrarei a chave da minha mente
Caminharei descalço e mais não serei servente .

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