Cap 1 - Odeio meu pai

2.5K 174 61
                                    

- GINECOLOGISTA?- indaguei alto, praticamente gritando. Acabei por dar um sobressalto do banco do carro, e se não fosse pelo cinto de segurança, eu teria batido a cabeca no teto do mesmo

- Claro, filha, uma hora você vai ter que ir, não é?! - meu pai questinou retoricamente, como se fosse óbvio, rindo logo em seguida descontraidamente

Mas...É um palhaco. So sabe rir.

Respirei fundo, tomando coragem para responder. Não foi justo, papai jogou muito sujo, tendo marcado uma consulta ginecologica para mim escondido, quando sabia muito bem que eu sempre tive receio e um tanto de medo de ir em tal médico

- Paizinho lindo, eu não posso simplismente... É... Deixar alguém enfiar a mão na minha... minha... você sabe! - murmurei, a última parte baixa e rápido

- Filha, você precisa ir para ver como anda sua menstruação e se prevenir sobre sua vida sexual.- as vezes acho que meu pai não é o meu pai, como ele fala sobre essas coisas tao naturalmente?

So posso ser adotada.

- Pai, eu aindo sou virgem... - murmurei, deixando o fato claro, para que acabasse com suas especulacoes, me afundando no banco do carro velho

- Filha, não precisa mentir para mim -  olhou-me de soslaio, mas logo voltou seus olhos para a estrada - Você tem a maior cara de sem vergonha - ele deu um tapinha no meu ombro. Mereco. Eu, cara de sefada? só pode ser brincadeira. Estava quase entrando no banco, definitivamente - Sério mesmo, Jen? - perguntou, segurando o riso, eu apenas fiquei calada 

Certo momento tive vontade de rir, meu pai é estranho, estranho de um jeito nada normal.

Se e que existe coisas/pessoas estranhas que sejam normais 

Meu pai sempre foi assim, desse jeito, sabe? Como eu não tenho mãe (pois bem, eu não tenho mãe) ele sempre conversou comigo sobre tudo, tudo mesmo. Sempre foi um pai compreendedor e, com esse pouco de disturbio ou desvio mental, e eu relamente agradeco por esse lado doidinho 

Papai tem uma pequena lanchonete no nosso bairro, é bem conhecida mas não é como se fosse a maior da região, só um lugar onde as pessoas vão para se encontrar e comer aqueles típicos salgados de lanchonete

Dela que o meu pai tira nosso sustento, nós moramos numa casa bem simples mas muito bonita, bem comum e personalizada como casas americanas normalmente são, bem parecidas com aquelas casas de propaganda de margarinha. Quer dizer, nunca me importei com o fato da simplicidade, eu nova fiz questão do sapato mais caro nem de ter a roupa da loja de grife mais conhecida, porque sabia que ele tinha contas a mais coisas para pagar, o que nunca isentou o fato de que sempre me deu muitas que eu queria... Mas hoje, as coisas estao melhores, papai não tem dívidas e nem nada. As vezes eu o ajudo na lanchonete e nas coisas em que ele precisa. 

-Filha? - meu pai estalou os dedos rente a minha face

-Oi? Oque foi? - indaguei assustada, fezendo-o rir 

- Chegamos ao tocado de vaginas! - imformou-me, totalmente alegre, naturalmente 

Eu não aguentei... Tive que gargalhar

- Pai prefiro o senhor calado - dei tapinhas nas suas costas. Ele apenas deu de ombros 

Entramos no enorme prédio, que aliás, nao sei pra que, disse ao meu pai que nao havia nessecidade que me pagasse um médico particular tão caro, MAS, segundo o mesmo "Enquanto eu puder, te darei tudo que estiver ao meu alcace, para que voce fique bem!"

O lugar era completamnete chique, as paredes branca denunciavam que tipo de ambiente se tratava: como todos esses tipos de lugares

- Boa tarde! - nos saudou, a senhora simpatica da recepção

- Boa tarde - meu pai sorriu - a gente veio para uma consulta com o tocador de vagi......AUUU! - murmurou assim que eu lhe dei um beliscão, a recepcionista mostrou-se sem graça com a situação. Soltei uma risada abafada - Quer dizer, com o Ginecologista - sorriu e a moça nos entregou dois cartões. Com o mesmo passamos por uma barra eletrônica que impedia a passagem, logo depois pegamos o elevador; odeio elevadores

Chegamos ao nosso andar, cujo era o 13°. Ao sair do elevador, avistei a recep..... Espera , era uma recepcionista ou prostituta? Alguem precisa avisar o cargo que ela ocupa

Enquanto papai falava com a recepcionista, me sentei em uma da muitas cadeiras na sala de espera 

Senti o frio percorrer a minha barriga

Que seja mulher a minha ginecologista- repetia várias vezes essa mesma frase na minha cabeça, pensamento positivo

Vi papai vindo em minha direção, assim que o mesmo chegou perto, já foi logo avisando

- Sim...Sim é uma mulher- suspirei em alívio

- Ainda sim, eu não queria tá aqui- fiz cara de emburrada

- Se ferrou....Ha Ha- Serio mesmo? As vezes acho que ele é o meu irmão não o meu pai

- Engracadinho!

- Dra. Myers, agora sua paciente é Jenna Ortega - a recepcionista (ou prostituta) avisou, adentrando a sala da doutora, assim que uma moça sai, por sinal, bem sorridente, não consegui ver a tal Doutora pois a porta não estava totalmente aberta

Aí Deus, que nervoso, Se já era ruim que vai olhar a minha buceta, seria pior ainda se fosse conservadora, velha e ficasse me julgando

Meu Deus que exagero Jenna!

- Senhorita Jenna Ortega - ouvi  voz rouca e calma me chamar, levantei a imagem cabeça imediatamente meus olhos se direcionaram até as duas linda órbitas verdes

Minha Ginecologista - JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora