o cemitério

2 0 0
                                    

Dia seguinte, me levantei com os olhos ardendo, não consegui dormir pela noite, chorei até não ter mais nenhuma Lágrima a ser derramada.
Me senti completamente anestesiada ao me levantar, não sentia meu corpo. Fui fazer minhas higienes básicas, me olhei no espelho e meu cabelo estava péssimo, olhei as horas, o ponteiro apontava 8 da manhã, apenas fui me arrumar sem pensar muito para onde estava indo.

Chegando ao local me deparo com a funerária carregando o caixão do meu querido pai para o túmulo escolhido.
Não queria fazer todo um velório, não tinha ninguém a mais para se despedir a não ser eu.
Eles levaram o caixão, me aproximei e encostei minha mão sobre a madeira fria e escura, a lagrima que não queria sair na noite passada apareceu hoje.
-Me desculpe pai, eu te amo.
Minha mão se descola da madeira fria e posicionam o caixão no buraco cavado perfeitamente em forma retangular frio e gedulo.
Um moço de cabelos castanhos me olha frio e diz

-Quer se despedir? -Ele me fita esperando uma resposta, penso comigo e resolvo fazer a coisa certa antes de me arrepender.
-Se puderem me dar um estante.
-Claro.

Ele chama seus colegas e os quatro se afastam e vão se sentar em um banco próximo em silêncio.
Encosto novamente no caixão gelado, sinto meus olhos arderem mais e eu choro com mais intensidade.
-Me desculpa pai, me desculpa por não estar lá, por não te responder quando chamou meu nome, me desculpe por viver distante, por não ter dado ouvidos para seus conselhos me desculpa..

Minha voz falha, continuo chorando e me debruço no caixão.
Vejo que já estou a um bom tempo na mesma posição, e me levanto, e me afasto. Os funcionários se aproximam e carregam o caixão, e posicionam no buraco retangular. Logo depois jogam a terra que estava amontoada no canto.
O vento sopra sobre meu rosto secando minhas lágrimas cheias de dor, reparo que terminaram de encher de terra e colocam o cimento por sima.
Uma folha passa por meu rosto, perto de mais para inclinar meu rosto a direita. Observo, á umas vinte lápides a frente estava um moço, eu reconhecia-o, me aproximei.

 Observo, á umas vinte lápides a frente estava um moço, eu reconhecia-o, me aproximei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


-Ei

Ele olha para mim, meio sem graça, seus olhos afundam.

-E.. oi.. -Ele diz meio desanimado, mais disposto a me responder.

-Algum familiar seu?
-A-ah.. é... na verdade não. -Me pergunto o por que ele estaria aqui se não estava por um familiar.
-Amigo?
-A.. Não diria que fosse.
-Ainda não entendo. -Ficamos em silêncio por alguns segundos, ele estaria pensando se iria falar ou não.
-Eu.. imaginei que você estaria aqui. Você não me ligou de volta e então eu.. eu vim ver se você ainda estava bem. -Congelo por um estante.

Ele estaria lá por minha causa? Qual seria o motivo? Alguém se importava comigo? Mais eu havia o conhecido ontem, será ele um psicopata? Por que alguém se importaria comigo.

-Não, não, isso nao cola comigo, deve ter sido apenas conhecidencia.
-Me desculpe se te assustei, eu.. vou embora.

Ele se vira e vai.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 17, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Me desfazendo de Ilusões Onde histórias criam vida. Descubra agora