- 𝐋𝐞𝐭'𝐬 𝐩𝐥𝐚𝐲! -

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"O que você quer?" Eu olhei para ela, sentindo raiva e talvez uma certa atração indesejada. Tentei manter minhas emoções sob controle, mas ela tinha um jeito de me dar corda, de apertar todos os meus botões da maneira certa.

"Uau, parece que você acordou do lado errado da cama hoje." disse ela, com um sorriso malicioso nos cantos da boca.

Minha mandíbula apertou e senti o calor subir pelo meu pescoço. Eu sabia que ela estava apenas tentando me irritar, que ela estava tentando me fazer perder a cabeça. Eu a odiava, mas não podia negar o desejo ardente que surgia dentro de mim toda vez que a via.

Respirei fundo, tentando me controlar. "Diga o que você quer ou saia." eu disse, minha voz fria e controlada.

Ela ergueu uma sobrancelha, me olhando de cima a baixo. "Seu cabelo está horrível esta manhã... Talvez devesse voltar para as tranças."

"O que você quer aqui? Este é o meu quarto, pensei que já tínhamos passado da fase de você me observar o tempo todo." Ela começou a se aproximar de mim como uma predadora, com os olhos fixos nos meus, os lábios entreabertos ligeiramente enquanto ela respirava pesadamente. A visão dela causou um arrepio na minha espinha e senti o ódio e a raiva dentro de mim fervendo à superfície.

Ela deu um passo à frente, estendendo a mão para me tocar. "Eu sei que dia é hoje..." Sua respiração estava quente em meu rosto enquanto ela sussurrava, seus lábios roçando minha orelha.

Instintivamente, agarrei seu pulso, meus dedos cravando em sua pele pálida e deixando marcas. "Pare!" Rosnei.

Ela puxou a mão, mas eu pude sentir seu corpo pressionado contra o meu, seu calor vazando pelas minhas roupas. "Oh, adoro quando você é violento..." ela sussurrou, com um tom brincalhão em sua voz.

Eu a empurrei, meu corpo tremendo de raiva e desejo. "Fique longe de mim."

"Ficar longe de você? É isso que você quer?" ela disse, seus olhos negros perfurando os meus com uma intensidade que me tirou o fôlego. "Eu sei que não é." ela continuou, com a voz baixa e sedutora. "Até quando você vai continuar sendo fiel àquela piranha que provavelmente já está morta?"

Senti meu sangue ferver de raiva com suas palavras, mas sabia que ela poderia estar certa. Eu não sei se Stella está viva, e mesmo se estiver, isso realmente faz diferença? Já se passaram dois anos e eu tentei seguir em frente, mas nunca consegui me livrar da maldita garota dos olhos de esmeralda. "Você não sabe de nada." eu disse, minha voz tremendo de raiva.

Ela se aproximou de mim, seus olhos brilhando com diversão. "Eu sei tudo."ela sussurrou, diminuindo a distância entre nós.

"Fique longe." eu a avisei, mas eu sabia que ela não faria isso. Ela tinha um controle sobre mim e não iria me soltar.

"Admita, Tommy... Aquela vadia burra deve estar morta a anos... Ou talvez... Até com outra pessoa. Talvez o seu irmão tenha dado a ela algum consolo depois que você 'morreu'."

Enquanto ela continuava a me provocar, senti meu temperamento aumentar, um calor febril enchendo meu peito. Então, num movimento repentino, lancei-me em direção a ela, agarrando-a pelo pescoço com uma mão e empurrando-a contra a parede com o peso do meu corpo. "Desde que cheguei aqui, você tem tentado me fazer perder a cabeça e finalmente você conseguiu. Você deveria estar grata por eu não ter matado você aqui e agora." eu disse, minha voz tremendo em fúria. Numa reviravolta cruel dos acontecimentos, ela sorriu, alimentando ainda mais a minha raiva. Eu podia sentir o sangue pulsando em meus ouvidos, minhas mãos cerradas com força em volta de sua garganta. "Cale a boca, vadia!"

Ela continuou a sorrir, os cantos dos lábios se curvando em um sorriso perverso e diabólico. "Talvez eu queira que você me machuque." disse ela, sua voz pouco mais que um sussurro. Meu aperto em seu pescoço afrouxou um pouco, permitindo que ela falasse. "Finalmente... Finalmente você está flertando comigo, Tommy..."

"Flertando?" Eu repeti, minha voz cheia de descrença. "Você chama isso de flerte?"

"Nós somos iguais, Tommy... Você não vê?" Ela disse, a voz ligeiramente rouca pelo aperto sofrido.

"Você é louca pra caralho." Eu solto ela, percebendo que machuca-la parece inútil, já que aparentemente ela está adorando isso.

"Você me deixa louca. Não me solte, continue. Será que eu vou ter que te irritar de novo para você me dar alguma atenção?"

"Para! Você é maluca. Fique longe!" Digo enquanto a vejo se aproximar de mim abruptamente. De repente, senti um forte impacto no rosto, fazendo-me cambalear ligeiramente para trás. Quando recuperei a compostura, percebi que ela havia me dado um tapa, e com força.

"Vamos, Tommy! Vamos brincar!" Ela grita enquanto se afasta, já sabendo que irei revidar.

"Sua puta!" Num piscar de olhos, eu estava em cima dela, agarrando seu cabelo ruivo com força, minha outra mão em volta de sua garganta. Pressionei meu corpo contra o dela, minha raiva alimentando cada movimento. "Como você ousa me bater, porra!?" Eu gritei, enquanto batia ela na parede de novo e de novo. "Você acha que pode simplesmente me bater e sair!?" Cuspi, minha voz fervendo de fúria.

"Não posso?... Admita! Admita, Tom. Isso te excita! Encontrar alguém que pode ser tão sádico quanto você, te deixa louco!" Ela grita, com dificuldade.

"Merda!" Eu grito, me sentindo frustado. Frustado por saber que ela está certa.

Âmago - Tom Kaulitz E Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora