"Nós consumimos um ao outro como o pior tipo de doença. É hora de colocar um ponto final nisso."
No mundo cruel das gangues criminosas, a liderança de Tom era famosa. O implacável líder de gangue tinha uma propensão para a violência e uma vontade i...
O som do silêncio é quase ensurdecedor enquanto estou sentado em meu quarto, são 2 da manhã e agora finalmente eu posso ler sem o som de gemidos vindos do quarto ao lado; e ainda assim minha mente está tudo menos silenciosa. Já se passaram horas desde a última vez que fechei os olhos e minha mente agora está acelerada, imaginando cenários e realidades alternativas. Mas mesmo sem o barulho para me distrair, meus pensamentos são consumidos por uma pessoa - Stella.
O som do nome dela traz uma pontada ao meu coração, como se eu estivesse sentindo sua dor, seu desgosto. Sei que Tom vai machucá-la, como já fez antes, mas não posso deixar de sentir que estou falhando com ela, como se devesse fazer mais para protegê-la da dor que está por vir. Tom mudou, ficou irreconhecível e, ainda assim, Stella parece não perceber isso.
Mas enquanto estou sentado aqui na escuridão, cercado por nada além do silêncio que agora é um companheiro constante, não posso deixar de me perguntar como posso fazer a diferença, como posso mudar as coisas. À medida que as horas passam e a escuridão da noite me envolve, me pergunto o que o futuro reserva para Stella e Tom. E se houver algo que eu possa fazer para ajudar.
Enquanto eu estava sentado na calma do meu quarto, tentando me concentrar em minha leitura, ouvi um barulho alto vindo do cômodo ao lado. "Stella!" Eu gritei, meu coração batendo forte a cada passo enquanto corria para o quarto dela. A porta não estava apenas fechada, mas trancada. Com a mente disparada, chutei a maçaneta, quebrando-a no momento em que meus piores temores foram confirmados. Os sons lá dentro eram de uma luta.
Quando a porta se abriu, vi a visão que não poderia imaginar: Tom e Stella, no meio de uma cena brutal. Stella estava deitada no chão, com falta de ar e lutando para se libertar do aperto mortal de Tom em sua garganta. "Tom! Sai de perto dela, porra!" Corri para frente, empurrando-o para longe de Stella. "Não toca nela!" Gritei, puxando Stella para os meus braços, segurando ela contra meu peito. Meu coração batia forte no peito enquanto eu tentava ter certeza de que Stella estava bem.
"O que!? Essa maluca me atacou enquanto eu dormia!" Tom grita, parecendo furioso. Posso ver em seus olhos que ele a teria matado se eu não chegasse a tempo.
Enquanto segurava Stella, tentando confortá-la, não pude deixar de notar a fúria nos olhos de Tom. Ele estava mesmo dizendo a verdade? Stella realmente o atacou? Minha mente disparou enquanto eu contemplava todas as possibilidades, eu não confio em Tom.
"O que!?" Eu deixei escapar, tentando entender o que ele queria dizer.
"Você me ouviu!" Tom gritou. "Ela me atacou!" Eu estava confuso e em conflito, sem saber em que acreditar.
"Você me traiu!" Stella gritou, afastando-se do meu abraço para encarar Tom. "Você me traiu, Tom!" Ela gritou, com lágrimas escorrendo pelo rosto. A dor e a angústia na voz de Stella eram palpáveis e meu coração afundou, eu sabia que isso iria acontecer.
Ao observar a cena diante de mim, senti uma onda de raiva e descrença tomar conta de mim. "Você traiu ela, Tom?" Eu perguntei, minha voz tremendo de raiva. "E ainda sim... Como você ousa tocar nela!? Como ousa!?" Tom teve a audácia de parecer surpreso com minha raiva, como se não esperasse que eu fosse ficar contra ele.
Foi então que a raiva tomou conta de mim e não consegui mais me conter. Eu empurrei Tom contra uma parede, meu canivete pousando em sua garganta. "Fique longe dela... Para o seu próprio bem."
Ao conduzir Stella para fora da sala e para dentro do meu quarto, pude sentir sua dor e devastação. Eu nunca a tinha visto em tal estado, e isso me abalou profundamente.
Com cuidado, guiei-a até minha cama e sentei-me ao lado dela. Gentilmente, passei meus dedos pelos cabelos dela, acariciando-os confortavelmente. "Vem cá..." eu sussurrei, aproximando sua cabeça da minha. Ela derreteu em meu abraço, sua respiração tremendo enquanto ela chorava em meu peito. Meu coração se partiu ao ouvir a angústia absoluta em sua voz. Eu a segurei perto, envolvendo meus braços em volta dela e tentando oferecer alguma aparência de conforto naquele momento.
Foi um momento que ficaria comigo para sempre, mas agora ela vê a verdade.
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