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"Aos 11 anos de idade, Mason tentou ensinar Lilly a jogar futebol"

Mason

Depois de um dia exaustivo, voltei para casa antes da Lilly, já que ela avisou que ficaria até um pouco mais tarde no trabalho. Porém, a minha cabeça estava distante e os pensamentos não me deixavam quieto.

A Lilly e o Enzo estão saindo? Continua rolando algo entre eles? Achei que a resposta para essas perguntas fosse não, mas agora não tenho certeza.

Porra, ela deveria pelo menos falar comigo. Não entendo a necessidade de esconder isso.

Tentando distrair a minha própria cabeça, peguei uma bola e fui para um lugar sem objetos importantes, já que corria o risco de quebrar alguma coisa. Passei um bom tempo apenas chutando a bola de um lugar para o outro enquanto a minha mente dizia: "Esqueça essa história, não existe nada de errado no que ela fez".

Apesar de saber que isso era verdade, uma parte de mim seguia incomodada.

Estava tão distraído que quase não percebi quando Lilly apareceu atrás de mim, com os braços cruzados e um sorriso no rosto.

ㅡ Eu consigo escutar essa bola batendo na parede do outro lado da rua. Que bicho te mordeu? Eu nem estava aqui para te irritar. ㅡ Ela brincou e eu acabei rindo.

Droga, não consigo manter uma postura reservada quando ela está sorrindo dessa forma para mim.

ㅡ Eu estou bem. ㅡ Confirmei. ㅡ E você? Alguma coisa para contar?

ㅡ Ué, não. Por quê?

ㅡ Por nada. ㅡ Disfarcei.

Por que ela não fala logo sobre o Enzo? Eu só queria ouvir a confirmação dela.

Ou melhor, queria que não confirmasse.

De qualquer forma, eu vou perguntar para ela, só vou esperar um tempo para ver se vai me contar por vontade própria.

ㅡ Você lembra quando eu tentei te ensinar a jogar? ㅡ Perguntei.

ㅡ Lógico que eu lembro, não serviu para nada.

ㅡ Porque você foi pedir ajuda ao Declan.

ㅡ Porque você não tinha paciência e se estressava rápido.

ㅡ Lógico, você errava de propósito só para a bola bater em mim. ㅡ Ela riu.

ㅡ Era a melhor parte.

ㅡ E depois eu que sou o insuportável?

ㅡ Sim, você é.

Estiquei o dedo para ela e em troca ela mostrou a língua. Realmente, às vezes nos comportamos igual a duas crianças.

ㅡ Quer jogar? ㅡ Perguntei. ㅡ Se conseguir tirar a bola de mim e fazer um gol, te dou o que quiser.

Ela arqueou a sobrancelha e começou a rir.

ㅡ Tentador, mas eu vou dispensar. ㅡ Ela respondeu.

ㅡ Você está com medo?

ㅡ Eu não vou cair nesse seu papinho, você sempre faz isso para tentar me convencer.

ㅡ Sempre funciona, você não gosta de perder.

ㅡ E nem você.

ㅡ Pois é, somos mais parecidos do que gostaríamos.

ㅡ Não somos parecidos, você é bem mais insuportável.

Ignorei ela e continuei com a bola. Percebi o momento em que ela tentou se aproximar disfarçadamente para tirar a bola de mim, mas fingi não estar vendo. Quando ela finalmente tentou, fui mais rápido e passei a bola por trás dela.

Counting Stars | Mason Mount Onde histórias criam vida. Descubra agora