O Dia de Um Julgamento Mal Executado

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A cabeça fervilha, estou perdendo um pouco a consciência. O que será que aconteceu, ainda estou casada com meu irmão ou isso foi uma visão do futuro.

Um flashblack girou em minhas pálpebras. Sentir um impulso para atrás. Voltei 10 anos no tempo. Estou com 11 anos de novo. E voltei no momento em que minha mãe estava contando para mim uma história para dormir. Sentir meu corpo pesado, lembro desse dia, peguei duro no batente desde de cedo. O tempo que me era reservado para ser um pouco criança era pequeno. Eu ainda estava brigada com a Neesan e isso só seria resolvido depois. A morte do meu pai ainda estava atingido forte nossa família. Olhei para mamãe dormindo ao meu lado, olhei para o teto e pensei " Tenho que consertar alguma coisa que eu errei na linha do tempo". Me virei na cama, tentei dormir... Ouviu minha mãe fala baixinho: EU TE AMO, MEU AMOR.

Assim que eu ouvir, dei um beijinho no rosto dela e peguei no sono.

No dia seguinte, me vestir como de costume, é bom ver de novo meus Vestidinhos de empregada. Todos estavam enfileirados como sempre fica para eu não me perder. Minha mãe já tinha levantado, o café fica a cargo dela. Só depois eu entro para assistência, nesse meio tempo estou ainda em aprendizado sobres todas as funções de uma empregada de uma família nobre. Como sou filha de um Greyrat já ganho um certo ponto, mais preciso batalha para merecer um título de respeito. Por enquanto sou plebeia, e sirvo de corpo e alma a família do meu irmão.

Alguém bateu na porta. Estava arrumando o cabelo.

Aisha - Sim?

Rudeus - Já está acordada, Aisha?

Aí meu Deus, é o Onichan, logo cedo...

Respondi.

Aisha - Já, só falta colocar a Bandana para prender meu cabelo.

Rudeus - Ok, te espero lá embaixo.

E o Oniichan saiu. Me vi no espelho e falei " Sou a empregada mais fofinha da face da terra", desci para a sala.

Sala repleta de coisas que estavam espalhadas no chão. Tava na hora de a Aisha Greyrat acionar o melhor modo dela que é empregada, mas algo me parou.

Me lembro vagamente desse dia. O Onichan não falou para me mexer nesse amontoado, era pra deixar intacto até ele volta do café. Então, tive que me segurar e não fiz nada até a 2 ordem.

Sentei na poltrona em frente a porta pensativa, porque eu voltei no tempo?

Senti alguém me chamando de longe. Era minha maravilhosa mãe.

Lilia - Aisha, você está parada porque?

Aisha - Pensei em limpar essa bagunça. Apontei pro monte a minha frente.

Lilia - Isso, nos não podemos limpar até o "mestre" Rudeus termina seu café. E também nem tente porque isso deve ser espólio de guerra.

Aisha - Por isso ele pediu pra eu não mexer. Ele queria que eu não me machucasse.

Lilia - Isso meu amor, ele se preocupa com a sua vida. Quando ele voltar, faremos a limpeza da sujeira desse espólio.

Aisha - Sim, mamãe. Devo agradecer o Onichan pelo alerta.

Lilia - Certo. Agora vamos lavar umas roupas.

Minha mãe pegou na minha mão e me levou a lavanderia da casa.

Olhei para cima, uma montanha de roupas nos esperava para ser lavada. As roupas íntimas estava separada devidamente.

Mamãe pegou uma camisa do Oniichan e começou a esfregar numa tábua com sabão. Segui os passos dela, peguei outra camisa do mesmo e comecei a esfregar num ritmo suave.

E passamos bom tempo conversando e cantando músicas que a gente gostava.

Fui para o pilar das roupas íntimas, já que estava terminando as roupas casuais e sociais.

Peguei no amontoado uma calcinha vermelha.

Aisha - De quem é?

Lilia - Ela é minha filha.

Olhei para peça, ela num é meio transparente?

Aisha - Sério, num brinca. Num tá muito ousada não, mamãe?

Lilia - Essa calcinha é para momentos especiais. Um dia você entenderá quando tiver um marido.

Aisha - Mamãe, eu já entendo um pouco disso.

Lilia - As vezes essa sua inteligência me assusta. Seja criança primeiro, se divertir é ponto essencial da sua vida.

Aisha - Você colocou essa responsabilidade na minhas costas.

Lilia - Sim, mas eu ainda quero que você aproveite tudo sem passar dos limites.

Passei a calcinha para mamãe e peguei outra. Uma calcinha azul com um lacinho meio rosa.

Lilia - Essa daí é da Norn. Bem fofa não?

Aisha - Não se comparar com as minhas. Eu as prendo na cinta-liga e ficam mais sexys.

Lilia - É preciso prender para que as meias não escorreguem nais pernas. Não é para ser sexys.

Aisha - Estou ciente mamãe. A melhor arma de uma mulher é a sedução.

Lilia - E você ama seu irmão a ponto de usar isso

Aisha - Acertou.

Lilia - Não que eu seja contra, mas, faça ele cair aos seus pés. O mestre Rudeus tem um fogo maior que o do pai dele.

Foi aqui que eu consegui o apoio da mamãe para arrancar casquinhas do meu Oniichan.

Rudeus terminou seu café e foi direto para o amontoado próximo da porta, verificou se tinha algo que servia para alguma pesquisa e que ele levaria para o laboratório da Nanahoshi. Um tempo passou e... nada. Assim que ele encerrou o exame, o Oniichan me chamou.

Rudeus - AISHA!

Corri ao encontro dele, com minhas mãozinhas fofas no avental do vestido.

Aisha - Sim?

Rudeus - Tá na hora dos seus estudos. Vá no seu quarto e pegue o livro de magia que lhe dei.

Aisha - Ok

Fui aí meu quarto, peguei o livro no guarda roupa e voltei para sala.

Rudeus - Boa menina.

Entreguei o livro para ele e me sentei no colo do Onichan.

Rudeus - Vou começar a aula de hoje. Preste muita atenção aos detalhes, isso será importante no futuro.

Aisha - Yoshi!

Rudeus - Se absorver direitinho o conteúdo, terá uma recompensa no final da aula.

Recompensa, o que será que é?

Poderia ser um beijo ou ele dizendo que me ama. Se não for pedir demais.... é claro....

No final da aula, ele me deu o beijo e ainda me fez um cafuné gostoso.

Sou uma menina muito exigente e já estava preparando outra conduta para ganhar mais atenção do meu irmão.

A minha má conduta para certas coisas começou aparecer e isso foi o que fechou meu julgamento perante todos da família.

Foi nesse ponto em diante que tive mais apoio da minha mãe para uma parceria romântica com o Onichan.

Dentre erros e acertos fui conquistando o seu coração até invadir um pedacinho do seu cotidiano.

A Evolução foi nítida até chegar nos meus 14 anos. E isso eu contarei em uma outra oportunidade.

FIM

Aisha Greyrat e Seus Devaneios Mais MerticulososOnde histórias criam vida. Descubra agora