Toda Minha (Meddison)

Entre Passeios

Meredith Grey.

Hoje pela manhã saí bem cedinho do hotel, Addison acabou mudando os planos comigo pois precisava fazer uma pequena reunião com seu irmão. Estava ansiosa para ver onde seria construído meu primeiro e maior trabalho. O caminho até o local foi extremamente tranquilo, o motorista ia me mostrando alguns pontos específicos da cidade e indicando alguns restaurantes que poderia aproveitar e conhecer melhor da culinária e claro, dos vinhos.

Assim que coloquei meus pés na calçada e vi o espaço já completamente coberto por terra vermelha e as máquinas posicionadas, meu coração se encheu de alegria e meus olhos marejaram de orgulho de mim mesma. Imaginei imediatamente aquele hotel construído e sendo referência em inúmeros lugares.

Me apresentei para a equipe que estaria trabalhando arduamente e pedi para que Karl - o líder - aguardasse Addison chegar para que pudéssemos sentar todos juntos e definir alguns detalhes, assim não havendo margens para erro.

Quando ela chegou iniciamos a reunião com todos e Karl começou a nos explicar como iria ocorrer toda a construção. Ajustamos na planta poucas coisas e conseguimos deixar tudo perfeitamente alinhado.

A construção não teria seu início ainda hoje pois alguns materiais precisavam chegar, mas não vi problemas já que aquilo realmente estava acontecendo. Ficamos por lá acredito que ainda mais três horas, contando com o tempo de reunião e apresentação do local.

Eu não conhecia todos da equipe, mas foram indicados pelos arquitetos que trabalham na empresa e sei que poderia confiar. Karl me passou segurança, antes de nos conhecermos havíamos conversado somente duas vezes por telefone e também havia sido por indicação.

Aproveitei e havia pedido para Giuseppe comprar algumas coisas para tomarmos café juntos enquanto conversávamos. Estávamos marcando o ponta pé inicial de tudo e eu já não via a hora de finalizar e viver esse sonho.

Assim que saí de lá, pedi ao motorista que me levasse ao Palácio Ducal onde eu teria uma visita guiada. Por fora o lugar era enorme e por dentro parecia dobrar de tamanho.

Me apresentei ao guia que parecia ser bem simpático e começamos a nossa jornada. Percorremos inicialmente pelas incríveis salas repletas de obras de arte, nas quais o Duque e seus assessores controlaram a república por mais de 1.000 anos.

- Visitando as diferentes salas, subindo as escadas de ouro e apreciando as imponentes pinturas da época, você terá a oportunidade de voltar ao passado e respirar a atmosfera da Idade Média. - informou o guia que mesmo fazendo aquilo todos os dias, mostrava muito entusiasmos em suas explicações.

A grande vantagem de ter uma visita guiada é o fato de não precisar pegar as enormes filas e ter acesso totalmente prioritário. Tratei de tirar fotos de alguns pontos e encaminhei todas para Cristina que dizia estar morrendo de inveja.

Depois de ver o luxo, descemos à antiga prisão para conhecer a angústia dos prisioneiros que, depois de atravessar a Ponte dos Suspiros, entravam na escuridão dos calabouços. O prisioneiro mais famoso do Palácio Ducal foi Casanova, assim informou o guia.

Tudo era muito interessante. Ver as coisas por fotos e ter a experiência de ver pessoalmente é uma sensação incrível. O passeio havia chegado ao fim e olhei no relógio que marcava próximo o horário da minha reserva no restaurante.

Eu ainda tinha a visita do Museu Correr, mas tentaria visitar em outra oportunidade pois fiquei de voltar na construção e trabalhar um pouco por lá.

Quando cheguei no restaurante avistei Montgomery sentada na mesa que reservei perto de uma janela com o cardápio em mãos e seu óculos meio caído em seu nariz. Me aproximei colocando minha bolsa no braço da cadeira e me sentando.