Os olhos da morte..

capítulo 1

Amanheceu mais uma vez e cá estou ,me preparando para mais um dia cheio.
Meu nome é Íris, e tenho 21 anos! Nasci e moro até hoje em Londres, tenho uma irmã de 11 anos , eu perdi meu pai aos 12 , desde então minha mãe cuidou de nós como pode, meu pai morreu por causa de um câncer que ele tinha no fígado por conta de cigarros e drogas.

Depois que meu pai morreu ajudei a minha mãe de todas as formas possíveis, alguns anos depois que meu pai morreu minha mãe descobriu uma doença cardíaca e não poderia mais fazer nenhum esforço, no caso trabalhar! 

Quando minha mãe descobriu essa doença eu tive que abandonar o colégio para poder trabalhar.

Enquanto minha irmã mais nova, a Alice, estuda e cuida da nossa mãe como pode em casa, eu trabalho para nos sustentar, não ganho muito por não ter conseguido um emprego que me pagasse bem, todos os empregos hoje em dia exigem o ensino médio completo, por sorte, consegui um emprego na cozinha de um restaurante no centro da cidade.

Uma coisa que eu amo é cozinhar! Nunca tive preguiça para absolutamente nada , sempre que aparece algum trabalho temporário que possa me fornecer um dinheiro extra eu estou aceitando.

Agora era pausa que nós cozinheiras tínhamos quando o restaurante fechava por volta das 00:00, me sentei um pouco em uma cadeira para recuperar a força das minhas pernas, fiquei de pé por horas enquanto corria para todos os lados com pratos e panelas nas mãos.

Tinha duas pessoas ainda no restaurante que conversavam sobre uma vaga de emprego.

Tentei escutar um pouco da conversa, como eu estava sentada na área onde fica as mesas, conseguia ouvir boa parte da conversa.

Os homens falavam sobre uma vaga de emprego como faxineira na casa de um dos homens mais cobiçados de Londres e um dos mais ricos do país.

Apollo Lowton , o solteiro mais desejado de Londres e também de outros lugares, ele estava procurando uma nova faxineira para limpar e cuidar de sua enorme mansão.

Vi uma oportunidade, já que pra limpar uma casa não precisa fazer faculdade e nem concurso!

– vai colocar o lixo pra fora Íris! Ainda não é o horário de saída.
– meu chefe diz.

Sempre que ele podia ele implicava comigo, me mandando fazer algo que não era minha função, para não perder o meu único emprego eu sou obrigada a obedece-lo.

– já vou sr.Marcos , – o respondi bufando.

Me levantei pedindo forças a Deus para conseguir aguentar isso todos os dias enquanto eu puder, peguei duas sacolas cheias de lixo da cozinha e levei para fora.

Uma hora depois de ter largado e andando pelas ruas desertas e perigosas de Londres , cheguei em casa tirando meu cachecol vermelho, esse cachecol era do meu pai e todos os dias eu uso ele para ir trabalhar, ele me trás uma paz e segurança.

Por mais que meu pai fumasse ele nunca foi ruim pra nós, ele sempre cuidou de mim e da minha irmã, claro que ele tinha algumas brigas com a minha mãe mas minutos depois das brigas os dois já estavam aos beijos apaixonados.

Abri a porta da minha casa que era um tanto simples e ficava em um bairro pobre de Londres, encontrei minha irmã assistindo tv na sala.

– oque está fazendo essas horas da madrugada acordada Alice? – falei, desliguei a tv e a encarei brava.

– não Íris! Eu estava assistindo, – ela choramingou.

– você deveria estar dormindo Alice, amanhã você vai para a escola – reclamei. Segurei em seus braços e a levantei do sofá.

– eu preciso ir mesmo pra escola? – ela disse enquanto fazia um biquinho choroso. Ela não me ganha com esse bico!

– precisa! Ou quer trabalhar até madrugada igual a mim? – falei.

Eu não queria que minha irmã tivesse o mesmo futuro que eu, aliás queria dar o melhor pra ela e para minha mãe.

– tá Íris... desculpa. – ela falou cabisbaixa, dei um beijo em sua testa e a mesma foi correndo em direção ao seu quarto.

Bocejei, eu estava tão exausta que poderia dormir por três dias seguidos. Fui em direção ao meu quarto e ao entrar me joguei na cama, não tomei banho e nem jantei , apenas cai em um sono pesado.