Felicidade pós-morte

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( PS: Sim, a desgraça de poema sobre um corpo em decomposição, não leia se for sensível a isso Eu juro que eu sou normal. Não me pergunte o que eu usei pra escrever essa merda. ( PS2: Edgar Alan Poe, é voce?)

Meu corpo não existe mais

Tudo desapareceu

Todos os ossos, órgãos, músculos, veias e etc.

Estão apodrecidos, comidos pelas larvas

Não servem para mais nada

Mas não preciso mais deles

Tudo que quero é descansar

Deixei tudo para trás

Só sobrou minha alma, eterna e pura

Estou pronto para deixar este mundo

Nem me lembro

Quem eu uma vez já fui

Mas isso não importa

Já abandonei tudo

Não foi fácil, mas será melhor assim

O sofrimento se foi, junto com a fome e sede

Isso é ótimo

Não estou triste com isso

Por mais que os outros estejam chorando por mim

Eu estou muito feliz

Estou amando isso!

Me sinto ótimo!

Me sinto leve

Leve como uma pena

Livre como um pássaro

Toda a dor passou pra sempre

É maravilhoso!

Aqui é tão lindo!

As nuvens são tão macias!

Nunca fico cansado

Isso é doce como mel, é o paraíso

Ficarei aqui para sempre

Estou morto e admito isso

Mas estou muito melhor

Do que se eu estivesse vivo

Não importa se não tenho memórias

Não importa se não sei quem sou

Tudo vale a pena

Não vale?

Seria tão bom se todos conseguissem me ver

Para eu lhes mostrar essas maravilhas

E eles perceberiam

Como não há sentido em viver

Afinal, todos morrem no final

Sentir dor é um preço justo para alcançar a imortalidade, não acha?

Meu corpo que está apodrecendo

Será comido pelas larvas

São milhares delas

Que lentamente consomem toda a carne

Uma combinação perfeita

De órgãos, carne e sangue

Faltam alguns pedaços

Meu peito está todo aberto

As costelas estão aparentes

Minha boca aberta em grito sufocado

Meu rosto já está

Todo desfigurado

Já não tenho mais dedos

Porque os ratos arrancaram eles

E os comeram

O cheiro de podridão é insuportável

As moscas se acumulam aos milhares

Me escondi tão bem

Que pode ser capaz

De só sobrar ossos

Quando me encontrarem aqui.

Os órgãos derreteram

Até virarem uma uma massa vermelha

E se fundiram uns com os outros

Neste estado de putrefação

Deixe os ratos me roerem até o osso

Meu coração não bate mais

Vamos, abra minha pele

Para ver milhares de larvas

Esbranquiçadas

Meus olhos foram arrancados pelos corvos

Meus dedos já foram parcialmente comidos

Meu peito está aberto

As tripas estão caindo

E as costelas já não protegem meus frágeis pulmões e meu coração

Meu rosto está tão putrefato

Que ninguém seria capaz de me reconhecer

Meus "poemas"Onde histórias criam vida. Descubra agora