Capítulo 01- O caminho da redenção

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Após desistir de servir ao grupo de assassinos O Ronin sabia que o destino dele não seria bom pois o mesmo se lembrou de um antigo juramento feito por todos que entravam na organização "Lâminas da noite", uma vez dentro dessa organização você só poderia sair da mesma morto em missão, ou após cometer "seppuku" ou ser caçado pelos membros da organização e morto pela acusação de "abandonar a causa e trair seu juramento".
O Ronin segue andando pela pequena trilha entre as árvores levando apenas consigo suas duas katana, seu chapéu feito de palha a mão e as roupas que vestia, ele se tornara um Ronin embusca de redenção por seus terríveis atos, ele abandonou quais quer ato de orgulho, nobreza e honra vivendo apenas para se redimir de seus terríveis atos contra a humanidade e contra seu código de honra, o mesmo se via em um estado deplorável, ao contrário de antes o dinheiro não o servia mais, afinal àquele dinheiro estava sujo com sangue de inocentes e nem todo o dinheiro do mundo poderia limpar o peso de ceifar vidas que o Ronin carregava sobre si.

Notas:
Seppuku ( um suicídio ritualístico realizado como maneira de manter a honra do samurai).
Ronin ( no Japão feudal foi um samurai que não seguia a um daimyo, ou seja, que não possuía um mestre)

Ele chegara as portas de um pequeno vilarejo, ao adentrar e olhar para aos arredores da vila ele vê que está em um lugar pacífico onde a paz reina e as crianças brincam nas ruas de terra onde mesmo que de forma simples os moradores estavam feliz por tudo que tinham. Havia também um pequeno templo nesta vila que moradores iam, depositavam seu dinheiro e logo após isso faziam sua oração, o Ronin se aproxima do templo, ao se aproximar vê que é um templo da deusa Seisui no Kami, a deusa da justiça clara. O mesmo fica relutante a depositar seu dinheiro para a deusa mas algo faz ele mudar de idéia depositando algumas moedas e e fazendo uma breve oração:

"Oh, Seisui no Kami, guia-nos com justiça,
Dá-nos força para fazer o que é correto,
E que a luz da equidade brilhe em nosso caminho."

O Ronin após a sua pequena oração se levanta e segue andando pela cidade chegando perto de uma região com árvores ainda dentro da pequena vila, o mesmo sobe em uma árvore e esticando seus pés sobre a mesma e refletindo enquanto lentamente as folhas da árvore cai com o balançar da mesma graça aos ventos que a balançam. Ao longo do dia o Ronin repensa suas atitudes, até que ele vê homens com máscaras e com kunais ameaçando a um senhora dentro de seu estabelecimento, o Ronin fica observando por um tempo vendo que as crianças ja correram e a aldeia ficara deserta e ele olha para suas katanas e desce da árvore vai em direção aos homens, os homens por sua vez olham para o Ronin e veem apenas vestes rasgadas e sujas, mas o Ronin segue andando olhando através de seu chapéu de palha, os homens então caçoam dele dizendo:
-olha só um herói -diz um dos homens
- herói? Está mais para um mendigo - diz o outro homem enquanto sorri
O Ronin saca sua katana e rapidamente perfura a mão de um dos homens fazendo ele soltar a Kunai, gritando de dor o homem tenta tirar a katana do meio da sua mão, o outro homem avança para perfurar o Ronin, porém o que o outro não não esperava que o Ronin era usuário do estilo Nitoryu fazendo um corte da bariga até a altura da testa fazendo ele cair no chão com a mão na testa, o Ronin então se vira e usa a segunda katana para arrancar a mão fora do outro homem, a senhora encara o Ronin assustada em profundo silêncio, porém a voz do Ronin rompe esse silêncio dizendo:
- chame a guarda e amarre esses dois... - diz o Ronin.
- si- sim - diz a senhora.

O Ronin se vira e perfura a perna direita de um dos homens enquanto ele grita de dor e escuta a voz do Ronin
- sem fugas...
O Ronin balançar as duas katanas limpando as lâminas e sujando o chão, ele guarda as katanas e volta para a mesma árvore que estava antes.


Nota:
Nitoryu: é um estilo de luta com espadas usado nas artes marciais japonesas, que envolve o uso de duas espadas simultaneamente.


O Ronin observa de longe as pessoas da vila amarrando os homens e soltando uns fogos vermelhos sinalizando uma emergência para a cidade mais próxima. Após um tempo guardas da corte chegam ao local, o Ronin vê os guardas e desce da árvore, assim que desce do lugar a senhora estava esperando ele, o Ronin então fala:
- ah... senhora
- olá... é... eu não tive tempo de agradecer - diz a senhora -
- tudo bem... -diz o Ronin-
- eu não sabia bem como agradecer então fiz isso aqui para você -diz a senhora-
Logo após estender um espécie de potes com onigiris e uma pequena garrafinha com uma garrafinha escrito "chá", o Ronin pensa em recusar porém sua barriga ronca de fome...
-vamos aceite pelo menos isso, sei que está com fome. -diz a senhora-

Nota:
Onigiri ( doce de bolinho de arroz e algas 🍙)

O Ronin aceita e da um leve sorriso atrás da máscara e faz um reverência para a senhora

-muito obrigado senhora. -diz o Ronin-
- por nada... obrigado por mais cedo. -diz a senhora enquanto da as costas e volta para perto da vila.

O Ronin começa a andar para sair da vila antes que fosse notado pelos guardas, o Ronin segue um caminho ate um monte e olha para trás e vê que o sol começou a descer lentamente no horizonte, tingindo o céu de tons suaves de laranja, rosa e roxo. Os contornos das montanhas distantes se fundiram em sombras escuras, enquanto os telhados das casas da vila japonesa abaixo brilhavam à luz crepuscular. O silêncio envolvente foi quebrado apenas pelo suave sussurro do vento e pelo canto distante de pássaros, o Ronin segue sua viagem embusca da sua redenção...

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