Prólogo

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Boa leitura!

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SAGE

  A chinesa enrola uma toalha nos cabelos escuros enquanto sai do banheiro cantarolando uma música qualquer que havia escutado em um comercial besta por aí. Se dirigiu até suas roupas que estavam dobradas milimetricamente em cima de sua cama e as vestiu sem muita pressa, visto que não tinha mais nada para fazer depois de terminar de se arrumar.

  As últimas semanas haviam sido completamente entediantes e, de verdade, Sage se sentia sozinha e sem rumo. Passara a vida inteira sendo tanto espada quanto escudo para seus aliados, não sabia funcionar de outra forma, era bizarro. Toda essa situação era bizarra. Fazia alguns dias que seus ouvidos não zuniam com as granadas de sua colega de trabalho Raze, seus tímpanos até sentiam falta da força de uma Operator...

  Desde de que o outro povo assinou um acordo de paz entre os planetas, algumas coisas haviam mudado, mas não muitas ao todo. Desde quando foi recrutada, veio morar com seus colegas de trabalho. O local que se alocaram era extremamente confortável e tinha tudo o que agentes precisavam para sobreviver e descansar entre uma missão e outra. E, como era tão confortável, a maioria decidiu continuar morando no ali..

  Sage queria visitar sua família em Hong Kong assim como outros também desejavam ver suas famílias, mas por ordens de cima, foram aconselhados a não baixar a guarda totalmente, ou seja, não podiam sair do país. Raze foi a única beneficiada visto que sua família se encontrava no Brasil, então nem é preciso dizer que a mesma está passando um tempo com seus pais e que levou sua namorada, Killjoy, para conhecer o sogro e sogra.

  Depois de devanear enquanto se vestia, a chinesa se sentou e pegou seu celular. Não sabia muito bem como manusear, mas conseguiu abrir a aba de pesquisa e começou a procurar por coisas para fazer.

"Lugares legais para visitar no Brasil"

"Lugares legais para visitar"

"Lugares legais para ir sem precisar pagar"

"Teatro de graça"

"O que fazer nas horas vagas?"

  Achou dezenas de estabelecimentos... Mas todos fechados.

  – Que droga... Nada aberto. Que horas as coisas daqui abrem...? - Resmungou sem fazer ideia de que horas eram. Olhou no relógio de parede que ficava em seu quarto e suspirou, entendendo tudo.

  Meia noite e trinta e quatro.

  Ela suspirou alto e assentiu.

  – É, faz sentido...

  De repente, quando estava prestes a desligar o celular e ir dormir, viu um lugar que a fotinho era vermelha com alguns detalhes realmente bonitos e chamativos. Clicou no link e foi guiada para uma aba de localização. Um sorriso surgiu no rosto da mesma e quando foi se dar conta, já estava com sua carteira no bolso, coturnos calçados e chaves nas mãos, trancando seu quarto.

  Era a primeira vez que ia sair sozinha, mas o que é a madrugada da Bahia para uma agente de alto nível? Humpf, coisa besta.

[...]

  Música alta ecoava, flashes estavam correndo por todos os lados e todas as pessoas pareciam estar na mesma vibe, todas meio alteradas e dançantes. Alguns gritavam para um show que acontecia em cima de um palco que ficava mais a frente. Havia também um lugar para bebidas, muitas bebidas... Será que Sage devia ir ali para sentar e tentar se acostumar?

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