Capítulo 4

1 0 0
                                        


Era um fato. Jung Eui Jae estragou a noite de Do Hoon duplamente. Depois que saíram da festa, após o caminho em silencio, Do-Hoon pensou que conversados com a namorada assim que chegassem até a casa dela, mas não. Yu-Jin saiu batendo a porta do carro, sem nem olhar para trás.

Ela começava a deixá-lo nervoso. Onde estava a santa, tímida, recatada garota de alguns meses atrás?

Do-Hoon saiu do condomínio direto para o apartamento de Jun-Seo. Sabia que àquela hora da noite era a melhor hora para conversarem. Estacionou em um prédio próximo, seguiu até seu condomínio a pé e entrou pelos fundos. Alguns agentes poderiam ainda estar pelas redondezas.

Em sua mente já se passavam milhares de formas que ele poderia usar para matar o Eui Jae . Sim, por que ele ia pagar caro por atravessar o seu caminho...

Mal teve tempo de tocar a campainha e Jun-Seo já o atendeu.

- Jun-Seo... Sinto muito irmão! – Do-Hoon falou inconformado dando um abraço nele.

- Sem problemas cara. Ócios do ofício. – Ele falou bem humorado – Venha, Esom ainda está aqui tentando acalmar a Ah-ri.

- Eu não posso acreditar que isso aconteceu com você. Pobre Ah-ri. – Do-Hoon se sentou no sofá enquanto ele ia até o bar voltando com uma garrafa de vodka.

- Do-Hoon, sério irmão... Está tudo bem. Eles não vão encontrar nada lá. Queria só ver a cara do Eui Jae quando isso acontecer. – Jun-Seo deu um gole só, e sorriu. - Não aconteceu nada demais.

Horas antes.

Eui Jae terminava de fazer a vistoria no apartamento de Jun-Seo e juntar tudo o que levaria para a delegacia, seus pensamentos projetavam o momento que colocaria Ki Do-Hoon atrás das grades. Seu maior feito, suas melhores recompensas.

Sem contar que tinha Lee Yu-Jin, ele possuía certo apresso pela filha do senador, algo que iria além de uma preocupação de investigador por uma possível vítima. Era um sentimento que o perseguia durante anos, e a ver com Do-Hoon, só aumentava sua vontade de o desmascarar.

No entanto, ao fazer menção de sair do apartamento se deu conta de algo que o fez paralisar. Respirou fundo e novamente olhou Jun-Seo. Sem dúvidas, sua mulher parecia prestes a explodir em nervosismo, contudo, o homem exibia uma calma que poucas vezes ele viu em alguém.

Ele poderia ser um ótimo ator, mas esse não parecia ser o caso. Ou Jun-Seo era inocente, ou Eui Jae perderia tempo procurando algo naquele material, afinal, não foi atoa que os Ki escaparam por tanto tempo.

Do-Hoon herdou, além da fortuna, a equipe e inteligência do pai. Porém, Eui Jae também se considerava um homem inteligente e usaria todas as suas armas para chegar ao seu objetivo.

- Jun Seo, por favor. - O homem se aproximou de Eui Jae sorrindo confiante. - Sabe que Do-Hoon não estará no topo por muito tempo, ele está prestes a cair e todos os que estão ao seu lado terão o mesmo destino. É hora de pensar em si mesmo, podemos oferecer uma boa recompensa para quem nos ajudar, um acordo que dará muitos privilégios a essa pessoa. Talvez, até o perdão da lei. Fique com o meu cartão... se precisar de mim.

Entregando o cartão a ele, Eui Jae sorriu e saiu do apartamento, deixando Jun-Seo pensativo.

- Pode ser – Do-Hoon o acompanhando na bebida – Mas, não falo por mim... E sim por você. Eu sei que você quer uma família, uma vida normal... Pessoas normais não têm a casa invadida por agentes do federais...

- Eu sei que se preocupa comigo ... E agradeço por isso. Já tenho uma família com vocês. Você e os garotos são como irmãos para mim. Seu pai, foi como o pai que eu nunca conheci... Faço o que faço, por nós todos.

Lobos & CordeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora