EU SENTIA-ME CEGA. Completamente cega de desejo. Era como se meu corpo estivesse queimando de desejo. Sua respiração descompassada, seu pescoço curvado me dando permissão para avançar e deixar um rastro de beijos quentes e molhados da sua clavícula até seu maxilar marcado, minha mão passeava pelas suas costas por baixo da regata branca e transparente, podia ver seu mamilo rígido sob o meu toque.
Com a outra mão eu apertava sua coxa, enquanto sentia o cheiro da sua pele, tão doce e característica. Elena agarrava minha nuca, me puxando para mais perto de si.
— Sel... – sussurrou, quase como um gemido com um toque de súplica, me fazendo deixar escapar um sorriso perverso nos lábios.
Beijei cada parte da sua pele desnuda, até chegar muito próximo dos seus mamilos rígidos, ainda por cima daquela regata, o mordisquei levemente, fazendo com que um pequeno gemido saísse da sua boca. Eu podia sentir minha intimidade esquentar cada vez mais, enquanto minha mão agora apertava seu outro seio.
Vê-la ali, tão entregue, tão devota à mim quase me fazia gozar sem que ela ao menos tocasse fisicamente em mim.
Minha outra mão subiu pela sua coxa sutilmente e eu pude sentir seus pêlos se eriçarem sob o meu toque, levantei o rosto apenas para beija-la, um beijo ardente, urgente. Como se precisássemos mais disso, do que do próprio oxigênio.
Outro gemido escapou quando minha mão alcançou a barra do seu baby-doll branco e de tecido leve e fino, minha mão adentrou sorrateiramente, tocando sua calcinha rendada e passando dois dedos para lá e para cá, um toque suave, fazendo com que Elena empurrasse seu quadril da bancada da cozinha mais para perto de mim, apenas para sentir mais o meu toque em sua boceta.
Eu sorri perversamente em seus lábios.
— Me foda, Selene – sussurrou sob meus lábios, ofegante, pidona.
— Ainda não – sussurrei de volta, autoritária. – Quero sentir cada parte de você.
Tirei minhas mãos dela e, finalmente, arranquei sua regata branca, deixando seu seio a mostra para mim, eles tinham o tamanho ideal para caber nas minhas mãos e na minha boca.
Estavam durinhos, prontos para mim. Ela me olhou com expectativa, retribui o olhar enquanto circulava minha língua em seu mamilo, Elena pendeu a cabeça para trás, deixando um gemido baixo sair dos seus lábios.
Com a minha outra mão, a toquei novamente por cima da sua calcinha fina e provocativa, passando dois dedos pelo seu clitoris, nem tão rápido, nem tão lento, mas na medida exata para que ela implorasse por mais.
Eu podia sentir sua lubrificação ficando mais intensa, ela começava a rebolar para mim enquanto eu chupava e lambia seu seio direito com tanta vontade como se minha vida dependesse disso.
A luz fraca e amarelada da cozinha misturava-se com o brilho do suor que começava a aparecer do seu pescoço ao seu seio, de fundo, eu podia ouvir o som da tempestade que caia do lado de fora, mas eu não me importava, pelo contrário, a chuva torrencial que caía do lado de fora só deixava o momento ainda mais excitante.
Meus dedos começavam a ficar molhados conforme o atrito, passei a língua por toda a extensão do abdômen dela, em seguida, levantei a cabeça, com uma mão segurei seu pescoço para que ela olhasse para mim, seus olhos semiabertos de tesão e então, tirei meus dedos da sua boceta e os coloquei na boca, provando seu gosto.
— Hmm... – fechei os olhos e apreciei. – Você é deliciosa, Elena.
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Entre gemidos, suor e cheiro de sexo, Elena agora descansava sua cabeça em meu ombro, seu braço direito repousava abaixo do meu peito e sua perna em cima da minha, completamente nua, recuperando o fôlego de minutos atrás.
Eu acariciava seu cabelo ruivo e ondulado, agora deitadas em minha cama, apenas com a iluminação fraca dos postes de luzes e dos raios que caiam lá fora, juntamente com o barulho dos pingos caindo no asfalto e na grama, o suor ainda estava por todo o nosso corpo e sua perna quase estendida perto demais da minha virilha me fazia querer multiplicar as gotas de suor.
— Eu amo o fato de você saber foder bem – Elena quebrou o silêncio, me fazendo olhá-la de cima. – Mas também odeio.
— Não é isso que pareceu minutos atrás... – eu ri.
— Se você sabe exatamente onde tocar e como fazer é porque já praticou muito antes de mim – ela franziu o cenho. – E só de pensar em você tocando outras garotas... Argh, eu fico maluca!
Eu ri ainda mais e depositei um beijo no topo da sua cabeça.
— Todas se tornaram irrelevantes a partir do momento que eu te conheci, Elena.
— Galanteadora! – me acusou, aumentando ainda mais meu riso.
Revirei os olhos e a muito custo, me levantei. Vestindo o primeiro roupão que encontrei e ajeitando o cabelo, olhei para ela.
— Quer água? – ela assentiu e então sai do quarto, ainda alheia ao mundo lá fora.
Estar com Elena era como uma realização. O sexo era bom, a química era boa, nos dávamos bem até demais, conversávamos sobre tudo e acima de tudo: nos gostávamos mais do que podíamos explicar. Era perfeito.
Se não fosse por um único e infeliz fato: meus pais odiavam o fato de Selene Metzli, gostar tanto de uma garota. E de só podermos ter tempo assim, à sós e nuas, quando eles ficavam presos no trabalho.
Enquanto eu preenchia dois copos com água gelada, tentava escapar dos pensamentos intrusos sobre o preconceito ridículo dos meus pais. Afinal de contas, era uma boa noite, a chuva continuava caindo lá fora, assim como alguns raios vez por outra, a garota que eu estava completamente apaixonada estava nua na minha cama e gostava de mim tanto quanto eu gostava dela. Nada mais importava agora.
Subi as escadas pulando dois degraus na ansiedade de tê-la em meus braços outra vez, a ansiedade de aproveitar nossas últimas horas antes que eu tivesse que me despedir dela — mesmo que fôssemos nos ver amanhã, era como uma eternidade no calendário lésbico.
Elena estava com a coberta tampando seu belo corpo, eu sentei ao seu lado e entreguei o copo de água. Ela sorriu e tomou.
E então... o sonho quase perfeito, se tornou o maior pesadelo de todos quando ela deixou o copo escapar de suas mãos, derrubando água gelada por toda a cama e colocando suas mãos em volta do seu pescoço, seu rosto começou a ficar roxo e percebi que ela estava com falta de ar.
Mas não uma falta de ar "normal", mas uma daquelas que parece que vai matar a pessoa.
E tudo começou a girar terrivelmente. O copo escorregou para fora da cama, som de vidro se espatifando na madeira do chão, seu grito abafado, seu corpo se contorcendo, meu coração saindo do peito de tão acelerado, minha respiração desesperada, o som das teclas do telefone, o choro que começava a escapar dos meus olhos.
Até que em um certo momento, só restou o silêncio. O terrível e miserável silêncio... da morte.
Continua...
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𝐁𝐫𝐨𝐤𝐞𝐧
Fantasy༄ 𝐁𝐫𝐨𝐤𝐞𝐧 𝘜𝘮𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘢𝘶𝘵𝘰𝘳𝘢𝘭! ❝𝐒𝐞𝐥𝐞𝐧𝐞 𝐌𝐞𝐭𝐳𝐥𝐢 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐬𝐨𝐮𝐛𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐜𝐚𝐢𝐱𝐚𝐯𝐚 𝐞𝐦 𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫 𝐧𝐞𝐧𝐡𝐮𝐦, 𝐦𝐚𝐬 𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚𝐬 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐮𝐚 𝐟𝐚𝐦𝐢́𝐥𝐢𝐚 𝐝�...