02. dirty, dirty dancer (+18)

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Ocê entendeu o que eu quis dizer — Ramiro respondeu entre os dentes, mais irritado consigo mesmo do que com qualquer outra coisa. — Eu hétero.

Kelvin revirou os olhos, desacreditado. Os de Ramiro queriam fazer o mesmo, mas não pelo mesmo motivo.

Por Deus, ele estava roçando a bunda bem na cabeça do seu pau, alguém poderia culpá-lo?

— Claro que é — ele retrucou, sarcástico. Kelvin apertou os lábios um contra o outro, como se achasse aquilo muito hilário mas não quisesse rir por respeito. — Deve ser por isso que eu tô rebolando em cima de uma ereção.

OU: Pensando apenas em encher a cara de graça, Ramiro vai a uma despedida de solteiro em um clube de strip e acaba ganhando uma crise de sexualidade de brinde.





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NOTAS

➜ Oi, coisas lindas. Demorei, eu sei. Mil perdões. Mas voltei... com uma pequena tentativa de fazer alguma coisa fofa. Deu certo? Provavelmente não. Mas fiquei meio chorosa com eles 😭 Inicialmente, essa fic não ia ser +18, mas como sempre eu me empolguei e fui mais explícita do que eu pretendia. Desculpa, eu acho?

➜ Eu sou bem ignorante quanto às mecânicas de clubes de strip (e sobre quase tudo, na verdade), então só finjam que tudo faz sentido.

➜ Por último, queria muito, muito, muito agradecer todos os comentários do capítulo 1, vocês são uns anjinhos. Espero que gostem deste também <3

Música que inspirou o título: Dirty Dancer - Usher feat. Enrique Iglesias

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13 DE OUTUBRO
SEXTA-FEIRA
23:49

Mal tinha chegado e sua cabeça já estava doendo.

Quando ele aceitou o convite, vários dias atrás, Ramiro só podia estar sob efeito de alguma droga, pois em nenhuma situação normal ele escolheria estar em um clube de strip.

Mas Caio foi tão insistente e persuasivo, com suas ofertas generosas de pagar as bebidas de todo mundo, que Ramiro apenas cedeu para ele calar a boca um pouco.

O cara tinha até apelado para sentimentalismo, pelo amor de Deus. Tudo bem, eles eram melhores de amigos de infância e ele o amava como um irmão, mas argumentar que seria muito importante para ele Ramiro ir a uma espelunca barulhenta e escura, com outros homens completamente estranhos, para eles verem mulheres dançarem semi-nuas, era absurdo.

Primeiro que, para ele, todo o conceito de clubes de strip era desagradável por si só. Não conseguia ver nada de sensual naquele tipo de entretenimento e, mesmo se conseguisse, o fato das pessoas pagarem para ficarem excitadas era até humilhante. Como se isso não bastasse, elas ainda pagavam para ficarem excitadas em público, na frente dos amigos, desconhecidos e, em algumas vezes, até de membros da própria família.

Ridículo.

A batida rítmica da música fez suas têmporas pulsarem.

KELMIRO DIARIESOnde histórias criam vida. Descubra agora