O Lobo Negro Do Norte

O Lobo Negro e a Raposa do Sul

Numa noite fria de inverno, no Norte, o Lorde do Norte e seu leal filho, trilhavam caminho pelas ruas de onde viviam. Ao avistarem uma taberna, esta famosa por suas belas apresentações de dança, avistaram o céu aberto do local, cuja única iluminação era a da luz das estrelas e da lua cheia. Uma silhueta feminina atraia a vista dos homens que ali estavam. Os olhos daquela mulher, azuis mais intensos que o vasto oceano, seus cabelos tão escuros quanto o céu sem a luz e o brilho da lua. A sua pele era escura como os grãos de café.
De repente os bardos começaram a tocar uma melodia e quando a bela mulher começou a dançar, todas as estrelas que estavam no céu desceram e se reuniram ao seu redor, dançando no seu ritmo.
Quanto mais ele prestava atenção em sua dança, mais ele sentia seu coração acelerar e cada vez mais ela se aproximava dele, o encarando com aqueles lindos olhos azuis.
No final da apresentação as estrelas foram em sua direção e giraram ao seu redor, voltando para o céu quando ela sorriu e sumiu na escuridão da taberna.

Cyrus voltava todas as noites para ver suas apresentações ao lado do seu pai. E assim como seu pai, ele estava encantado por aquela linda moça. Ele tinha descoberto que ela se denomiva a Dama da Noite.
Em todas as noites seus olhares se encontravam e ele sentia que aquela mulher estava roubando algo dele, algo que não poderia ser devolvido com tanta facilidade.

Depois de mais uma noite de suas visitas a taberna, ele andava cantarolando pelas ruas. Suas bochechas e nariz se encontravam vermelho, não só por causa do frio, mas por causa do álcool que corria pelo seu corpo. Ele se encontrava tão distraído em seus pensamentos, que acabou esbarrando e fazendo uma pessoa cair no chão.
- Ei, olha por onde anda. - Uma voz feminina que carregava um leve tom de irritação o trouxe de volta para realidade.
- Mil desculpa, senhorita. - Ele estendeu sua mão e a mulher a segurou. - Você está bem?
- Sim, obrigada. Preste mais...
Era ela. Aqueles olhos azuis o estava encarando novamente e um sorriso surgiu nos lábios dela. Ele sentia seu coração batendo rápido em seu peito e naquele momento todo o álcool sumiu, apenas restando o homem mais tímido de todo norte diante daquela linda mulher.
- Ah... é...
- Você é garoto que sempre vai me ver.
Sua voz era tão suave e gentil, e aquele sorriu estampado no rosto dela o deixava sem palavras. Ele estava tão nervoso que não conseguia falar, e quem poderia culpa-lo? qualquer um ficaria do mesmo jeito que ele ou até pior.
- Senhor? - Ela se inclinou mais para frente enquanto balanças a mão na frente do rosto dele. - O senhor esta bem?
- Sim, sim, me desculpe estava viajando em meus pensamentos.
- É o senhor que sempre vai me ver, certo?
- Sim, sou eu. As suas apresentações são magnificas, eu nunca tinha visto nada parecido com elas antes.
- Obrigada, fico grata que o senhor tenha gostado.
- Por favor, não me chame de senhor. Meu nome é Cyrus.
- Certo, Cyrus. Meu nome é Kali Ma.
- É um nome bonito, mas diferente. Nunca vi ninguém de Nívia com esse nome.
- Eu não nasci em Nívia. Sou de um lugar muito, muito longe daqui.
- De onde você é?
Ela ficou um pouco pensativa por um tempo, enquanto olhava para a neve que caia no chão e então um sorriso caloroso surgiu em seu rosto.
- Eu nasci em Lo Cruzeiro, é um lugar depois do Mar Morto. É um lugar muito lindo, varios barcos param lá antes de vir para cá.

Depois desse dia, Cyrus e Kali Ma sempre se encontrava depois da apresentações dela. Ele a levava para os seus lugares favoritos de Nívia, sempre a dava presentes que a via olhando por muito tempo e ela sempre fala que não precisava.
Aos poucos ele foi percebendo que estava se apaixonando pela primeira vez. Seu pai sempre o pegava rindo atoa pelos cantos do castelo. Sua madrasta que sempre implicou com ele, por incrivel que pareça o deu conselhos amorosos. Já seu irmão mais novo, parecia que tinha trocado de lugar com sua madrasta, ele falava que aquele romance poderia acabar mal, já que as dançarinas nunca paravam em um unico lugar e somem do mesmo jeito que aparecem.
Apesar dos avisos de seu irmão, ele se afundava cada vez mais naquele oceano que era seu amor por Kali Ma.