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Estava rodando pela casa da Regina, observando cada detalhe enquanto minha mente vagueava, até que fui trazido de volta à realidade pelo som do meu celular tocando. Atendi rapidamente e a voz desesperada do outro lado da linha me informou que a Georgia havia levado um tiro e estava na casa da Gisele. Senti um frio na espinha e uma onda de adrenalina tomou conta de mim. Sem pensar duas vezes, corri para o carro e acelerei, rompendo todos os limites de velocidade e desrespeitando diversas leis de trânsito. Em minutos, cheguei à casa da Gisele, meu coração batendo acelerado.

Saí do carro quase em movimento, correndo em direção à porta da frente. Entrei na casa com um impulso desesperado, atravessando o corredor até o quarto onde Georgia estava. Lá, vi Georgia deitada na cama, pálida e com uma mancha de sangue crescente em sua roupa. Gisele estava ao lado dela, segurando a mão de Georgia com força.

Quando me viu, Gisele largou a mão de Georgia e veio ao meu encontro, me abraçando com força, suas lágrimas molhando meu ombro.

— Eu vou matar aquela vaca — ela disse, afastando-se de mim e pegando uma arma que estava em cima de uma mesa próxima - Olhem o que ela fez com a Georgia!

— Gisele, para onde você vai? - perguntei, segurando seu braço firmemente enquanto ela tentava se desvencilhar.

- Matar a vaca da Regina! - gritou, sua voz carregada de uma fúria implacável - Vou beber o sangue dessa mulher!

— Você precisa se acalmar, Gih. Não é assim que as coisas funcionam... - tentei argumentar, mas ela bufou impaciente.

— Qual é o plano? — perguntou, ainda tomada pela raiva, mas agora com uma ponta de curiosidade em sua voZ.

Eu tinha um plano, e era louco, insano, algo que em outros tempos eu jamais teria coragem de executar. Na verdade, a vontade de matar Regina também me consumia, e sabia que esse plano poderia dar muito certo ou acabar terrivelmente mal.

— Chamem a carnificina - Gisele ordenou às outras garotas - Estamos em guerra.

Não demorou muito para que cerca de 40 mulheres enchessem a casa. Confesso que não fiquei chocada, pois já sabia que Gisele era líder de uma gangue poderosa, assim como Regina. No entanto, Regina tinha uma abordagem diferente, ela se escondia nas sombras, sempre manipulando as situações a seu favor.

Gisele, por outro lado, era destemida e direta. Ao ver as mulheres se reunindo, senti a tensão no ar aumentar. Havia uma energia perigosa e eletrizante que parecia vibrar em cada uma de nós. Gisele ergueu a cabeça, os olhos brilhando com uma mistura de raiva e determinação.

- HOJE TEREMOS MORTE - Gisele declarou, uma risada fria escapando de seus lábios.

As mulheres ao redor aplaudiram e gritaram em apoio, cada uma delas pronta para seguir a líder em qualquer batalha. A atmosfera estava carregada de uma intensidade quase palpável.

Psicopata, sim, Gisele é, e às vezes ela me dá medo.
Mas sei lidar com ela, afinal, nos conhecemos há três anos. No entanto, como diria a Rainha Vermelha, "todo mundo pode trair todo mundo" , e
em tempos de guerra, é melhor tomar cuidado.

- Quero a Regina ajoelhada nos meus pés pedindo por perdão! - Gisele gritou, rindo loucamente.

Senti um frio na espinha. Ih, caralho, estou achando que esse plano vai dar muita merda! E eu vou assistir de camarote vip. Vesti uma roupa apertada, ajustando uma faca na minha cintura e outra no tornozelo. Vai que a arma dê errado.

Caminhei um pouco pelo corredor, mas acabei ficando tonta. Felizmente, Carolina me segurou antes que eu caísse.

- Você tá bem? — ela perguntou, olhando preocupada para mim.

𝐎 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐃𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐌𝐀̃𝐄, 𝖩𝗈𝗋𝖽𝖺𝗇 𝖯𝗈𝗐𝖾𝗅𝗅 (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora