-entre humanas e exatas

11 0 0
                                    

·May caminhava ao lado de Aurora, até que é pega desprevenida por um grito não tão alto da ruiva, ela olha para a direção da garota e vê a jovem se apoiando em um pilar enquanto Stacy estava encima das costas de Aurora, fazendo peso na mesma, algumas pessoas estavam gravando a cena enquanto riam, já outras passavam olhando torto, porém Stacy parecia não se importar. May apenas sorri um pouco enquanto observa a cena, porém se assustou novamente ao ouvir uma voz feminina claramente mais velha e irritada gritar com as duas garotas, fazendo May dar um passo para trás.

AURORA E STACY! PAREM COM ESSA BRINCADEIRA! Duas garotas velhas dessas agindo como duas crianças!—Era Marta, a inspetora mais medonha e respeitada daquele colégio, após a mulher mostrar sua presença May percebeu que vários alunos haviam saído rapidamente do local, quase que instantaneamente.

Que isso tia, as mina' tão' só se divertindo, pra que isso?—May escuta uma voz masculina falar com a inspetora, ao olhar para direção de onde a voz vinha ela vê um garoto com mais ou menos a sua idade, ele tinha cabelo estilo dreads, pele negra e olhos pretos, ele utilizava uma camisa do Flamengo, bermuda jeans e chinelo preto, ele também aparentava ter um grupo porém até o momento os rapazes não haviam se pronunciado.

Gabriel, o senhor sabe que não é permitido utilizar chinelo aqui no colégio.—A mulher disse apontando para os pés do rapaz com uma expressão levemente arrogante no rosto.

Pô' tia, cê' sabe como é né? O pai aqui joga futebol e eu acabei machucando meu pé.—O garoto disse cruzando os braços e falando de forma convencida enquanto sorria enquanto falava, o que sinceramente acabou fazendo com que as garotas rissem de forma amigável para o rapaz.

Tá Marta, a gente pode subir agora?—A ruiva disse apontando para o elevador, Aurora já havia desfeito seu sorriso e agora encarava a mulher de forma séria.

·A mulher suspirou dramaticamente antes de falar com os jovens.

Estão liberados.—A inspetora disse aborrecida, parecia mais irritada do que o normal na visão de Aurora.

· o jovens seguem seu caminho até o elevador, mesmo os garotos tendo recebido uma bronca bem chata e desnecessária nenhum deles parecia "arrependido" ou assustado.
·May se aproxima de Gabriel e o agradece pela forma como ele tinha de certa forma "livrado" eles.

Ei, seu nome é Gabriel, certo?—A garota pergunta em um tom mais calmo e baixo do que o normal, ela estava levemente envergonhada pois nunca havia se quer falado algo com o rapaz.

Ah, eae loira, eu me chamo Gabriel sim.—O garoto respondeu de forma educada porém relaxada.

Bem, obrigada por livrar eu e as meninas da coordenação no meu primeiro dia aqui.—May o agradece de forma gentil com um leve sorriso no rosto.

Que isso, loira, tô só fazendo minha parte, e você nem tava fazendo nada, se preocupa não—O rapaz a responde com um sorriso orgulhoso no rosto.

Bom, talvez nós possamos ser amigos—A loira diz de forma gentil.

—É, realmente é uma boa ideia—O garoto disse de forma amigável—Ah, e você é a?—Ele disse esperando que a garota se apresentasse.

Ah, eu me chamo May.

—Pô nome bonito, cê' não é daqui da cidade né? Cê' tem um sotaque diferente.

—Ah sim, eu sou de Gramado, eu não sabia que o sotaque deixava tão óbvio—May disse enquanto sorria um pouco tímida, o garoto parecia alguém bem fácil de fazer amizade, ela não duvidava que ele fosse conhecido pela escola.

—Eu sabia que tu era' do Sul!—Ele disse em um tom mais alto e animado, quase gritando.

·May iria falar mais algo até que ela escuta um barulho semelhante a um sino, o som ecoava pelo local inteiro, inclusive o barulho a incomodou profundamente, era alto e irritante.

Puta que pariu essa porra de sinal já tocou—Aurora reclamou enquanto olhava os horários.—Porra a primeira aula é português? Vai tomar no cu essa porra já vai começar com matéria de humanas.

—Isso é ruim? Céus eu iria reclamar se fosse exatas logo no início.—May disse se apoiando na parede.

—Você é de humanas?—Aurora disse enquanto olhava para May de canto.

Sim, você é de exatas né?—Ela disse enquanto mexia no próprio cabelo.

·Aurora acenou que sim com a cabeça enquanto olhava as horas no próprio celular, eles provavelmente chegariam atrasados, e sinceramente ela não iria achar tão ruim, português era uma matéria meio inútil na visão dela.

Resumindo, a Aurora já nasceu sendo considerada inteligente.—Gabriel entrou na conversa, enquanto chamava o elevador.—Ela literalmente tira dez em tudo quanto é matéria.

—Teu cu, minhas notas nem são tão boas assim.—A ruiva revirou os olhos.

É realmente, o resto você tira nove.—O garoto disse de forma irônica.

·O elevador chega no térreo e os adolescentes entram nele, May estava dando tudo de si para não rir da situação, até que ela nota que Frederick não estava entre os adolescentes, sendo sincera ela não havia ido muito com a cara do garoto.

—Eu não sei se vocês perceberam mas a gente tá uns 5 minutos atrasados—A ruiva disse se apoiando na parede do elevador.

De boa, aquela professora nem deve ter vindo, ela falta todo primeiro dia de aula, a coitada deve odiar essa sala.—O garoto disse enquanto tirava o próprio celular do bolso —É, ela faltou.

—Ai que bom, eu odeio a aula daquela mulher, e ela é bem sonsa na verdade, porra chata pra caralho.—A ruiva disse com um sorriso aliviado no rosto.

—É, e em falar em gente chata aquela tal de Paula vai entrar na nossa sala.—Stacy disse revirando os olhos.

—Puta que pariu a gente não tem um dia de paz nessa porra.—A ruiva reclamou e jogou a cabeça para trás, quase batendo na parede por causa da posição que ela estava.

·May parecia levemente confusa, mas ela decidiu não perguntar quem era aquela tal de Paula, talvez com o tempo ela descobrisse o porque ela era tão odiada pelo grupo de adolescentes que ela havia acabado de conhecer.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 26, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

-A LaranjeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora