PRÓLOGO

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4 ANOS ATRÁS

- Precisamos nos casar logo, é o que todos esperam Arthur, só assim conseguirei ter parte da empresa do papai- Laís diz pela milésima vez, conseguindo assim, vencer pela insistência.

Eu gosto dela, mas não o suficiente para assumir algo tão grandioso como um casamento.

Laís é uma mulher linda, apesar de não ter muitas curvas como gosto. Magra, esguia, cabelos loiros naturais que batem nos ombros e um sorriso perfeito. No início do namoro eu investi minhas fichas na relação. Ela era alegre, animada e toda a junção dessas qualidades, somadas à sua beleza impecável, fez com que eu levasse as coisas à diante. Porém, aos dois anos de namoro, tudo que ela faz é me pressionar para um casamento.

É o que todos esperam, todos, exceto minha família.

Eu não os ouço, eu cedo às vontades de Laís, sempre. Não por amá-la a ponto de ser capaz de fazer tudo que ela queira, apenas pelo comodismo em que me encontro. É cômodo tê-la. É bom para minha carreira que eu seja casado, traz um pouco mais de credibilidade aos meus vinte oito anos de idade e aos meus seis anos exercendo o cargo de advogado de uma grande multinacional. E, convenhamos, não é muito sacrifício se casar com uma mulher linda.

As coisas são como são, enfim.

- Tudo bem. Nos casaremos.

- Você está falando sério? Posso começar a providenciar tudo? - pergunta empolgada e eu apenas aceno a cabeça em concordância.

Ps: Esse período em que organizou o casamento foi o último em que eu a vi animada.


Dois meses depois

- Ainda dá tempo de fugir, irmãozinho - minha linda e doce irmã, diz com lágrimas nos olhos quando estou prestes a entrar na igreja para selar meu destino.

Eu não fujo.

Não sou um homem que foge dos compromissos. Se permiti que isso acontecesse, eu irei honrar a minha promessa. Ainda estou com a mente anuviada, doze horas não foram suficientes para dissipar todo o álcool e todo sexo quente que tive em minha despedida de solteiro. Eu ainda sinto o gosto das três mulheres que fecharam minha vida de solteiro com chave de bu...ouro. Agora, tudo o que espero é que essa cerimônia possa acabar e eu possa ir dormir por pelo menos 24 horas seguidas.

Talvez, quando acordar, eu esteja mais disposto a consumar o casamento.


Três anos depois

Mais uma noite trancado no escritório fingindo trabalhar. Até quando vou me permitir viver dessa maneira? Não faço ideia!

Os dois primeiros anos foram mais fáceis de serem levados. Mas, desde quando resolvi querer um filho, há um ano, as coisas simplesmente saíram dos trilhos o suficiente para eu mudar de ideia. Eu quis um filho por todos os motivos errados. Eu quis para poder, ao menos, ter algo bom nessa vida infeliz que eu e Laís levamos, quis acreditar que talvez isso pudesse ser a chama para acender algo, que é completamente inexistente, entre nós dois e quis, principalmente, para ter um motivo para ficar.

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