Believing Hearts - As Noites Em Luna Nova

Natal Improvisado

Título: Natal Improvisado

Sinopse: Akko não vai para casa no Natal, mas também não quer se sentir sozinha durante o feriado, então o Time Vermelho, Diana e Chariot planejam uma festinha na véspera de Natal.

Contagem de palavras: 3.042

[...]

O ano chegava ao fim e a maior parte dos alunos e funcionários se preparava para deixar Luna Nova para as férias de fim de ano e para celebrar os feriados com seus entes queridos em casa. O local estava bem movimentado, havia muita coisa a ser resolvida, o que resultava em caos pelos corredores, e pessoas presas em seus próprios pensamentos. Akko não era uma exceção à isso, bem, ao menos não totalmente. Sua cabeça estava longe, de fato, mas não pelos mesmos motivos que os demais.

Akko não iria pra casa para o Natal. Seus pais estariam trabalhando e ela teria que passar o feriado sozinha no apartamento da família caso decidisse voltar para o Japão no Natal, por isso, ela optou por permanecer em Luna Nova até a véspera da véspera do Ano Novo. Pelo menos lá ela poderia, com sorte, encontrar alguma companhia, e aproveitar o tempo para praticar magia um pouco mais. Não era exatamente como ela tinha imaginado passar o Natal, mas ao longo do ano percebeu que muitas vezes as coisas não saiam como ela havia planejado. No entanto, ela era Akko, não deixaria que algo tão bobo estragasse seu humor, e muito menos o feriado; e ela estava fazendo um ótimo trabalho com isso até então. A maioria das pessoas sequer havia notado a ponta de desapontamento salpicada no sorriso sempre radiante da bruxa, nem a sombra opacando o carmim incandescente de seus olhos, e nem os ombros levemente caídos incompatíveis com sua postura sempre tão segura e enérgica. A palavra-chave é maioria.

Apesar dos seus melhores esforços, Atsuko não era capaz de convencer a todos. E foi assim que começaram as trocas de olhares entre Lotte e Sucy, cada vez que ela suspirava quando deitava na cama no dormitório do time vermelho. Os olhares começaram apenas curiosos, então a curiosidade tornou-se suspeita, e a suspeita evoluiu para preocupação. As colegas de quarto nunca haviam visto Akko agir dessa maneira, e então empenharam-se em descobrir qual a razão daquilo tudo. É claro que as coisas seriam muito mais fáceis se Atsuko Kagari simplesmente respondesse as perguntas que Lotte e Sucy faziam, mas a morena sempre mudava de assunto, evitando todas elas. No entanto, a teimosia da garota não desencorajou suas amigas, que seguiam firmes em suas investigações, e não demorou muito para que chegassem reforços; afinal elas não eram as únicas que podiam ler Akko como um livro aberto.

Diana notou o comportamento ligeiramente estranho de Akko logo de cara, mas não sabia o que fazer a respeito, então contra todas as suas vontades, a garota esperou, torcendo para que a outra bruxa voltasse ao seu ânimo habitual, mas infelizmente não foi o que aconteceu. A cada dia que passava Akko parecia mais derrotada, seus ombros caindo milímetro a milímetro, e aquilo apertava o coração de Diana. Contudo, ela sabia que confrontá-la diretamente seria inútil, se Akko quisesse contar o que estava acontecendo, ela já o teria feito. Era claro que, ao contrário, a morena estava fazendo tudo ao seu alcance para mascarar aquele sentimento. Mas Diana não deixaria que alguém tão maravilhosa e gentil como Atsuko passasse o Natal cabisbaixa, e se ela não pudesse cumprir seu objetivo sozinha, então ela conseguiria ajuda.

Chariot também notou que Akko estava agindo estranho, não se parecia com ela mesma ultimamente, mas a professora estava tão atolada em trabalho que não conseguiu intervir diretamente, tendo que se contentar com observar a aluna pelos cantos e torcer para que, o que quer que fosse, fosse resolvido logo. Felizmente, a docente bem sabia que a bruxa de olhos vermelhos tinha ótimas e atenciosas amigas ao seu lado, então Chariot tinha certeza que a garota estava sob bons cuidados. Qual não foi sua surpresa ao encontrar Diana batendo em sua porta enquanto ponderava sobre a situação de Akko durante um intervalo entre as aulas. Ela convidou Cavendish para entrar, e surpreendeu-se pela segunda vez ao constatar que a visita também era para falar sobre a bruxa objeto de suas preocupações.