Bônus!

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Fazia um tempo que ele não saia de casa, afinal depois de conseguir evoluir no caso que tanto tempo ficou trabalhando, iria se manter obcecado até conseguir resolvê-lo. O que ainda não veio a acontecer, mas ele sabe que está perto de chegar a algum lugar.

Era mais fácil agora que ele não estava sozinho.

Nesse momento o apartamento continha somente ele e um monte de papelada, mas a alguns minutos atrás não parava de ouvir seu amigo e seu marido se arrumando para mais um show nas Casualonas. Ouviu eles discutirem por alguns minutos, se atrasarem, baterem nos próprios calçados como se isso fosse fazê-los entrar no pé com uma maior facilidade.

A ideia daquela maldita noite era ser única, ser somente um momento de lazer entre os dois adultos que se demonstravam esgotados, mas Cellbit não aguentou ficar só por isso.

Durante sua vida toda foi visto como alguém que não sabia flertar, que fugia de relacionamentos e que sempre estava trancafiado em sua casa. Pela primeira vez em sabe se lá quantos anos, teve a coragem e o desempenho de correr atrás de um único alguém que fez seu coração palpitar.

Não demorou nem uma semana para ele aparecer como um cachorro perdido na frente do bar, procurando por uma dançarina especifica, rezando que conseguisse seu número ou qualquer coisa que lhe remetesse a uma chance.

Mas a dançarina em questão planejava fazer o mesmo, não sabia como encontraria o brasileiro, mas tinha disposição para tentar alguma pista de onde quer que ele trabalhasse ou frequentasse constantemente. Foi um choque quando Max apareceu falando que um detetive queria arrumar um tempo para interrogá-la.

O passar disso foi refrescante para ambos os envolvidos. Cellbit sentiu que poderia tagarelar sobre todas as suas obsessões sem ter preocupações, afinal Roier o escutava de todas as formas; e agora Roier sentia que tinha alguém para passar o tempo, sem pensar no momento que teria que ir e ficar sozinho novamente.

O relacionamento deles era algo adorável de se observar, cada passo era curto enquanto eles se conheciam, demoraram a dar um primeiro beijo, era tudo muito singelo e delicado. Pareciam dois adolescentes descobrindo junto o que era amor e o que era amar.

Quanto mais se conheceram, mais encantados se tornaram um pelo outro. Era a flor que o Cellbit trazia de presente para o Roier após alguma briga besta, o doce beijo de bom dia que Roier dava na testa de Cellbit toda vez que acordava, o cheiro de café passado nas roupas do investigador, a pele sempre com restos de glitter que Roier tinha por culpa de Melissa. Entre muitas outras pequenas coisas que os tornaram o que são agora.

Foi um choque para o grupo de Cellbit conhecer Roier como seu parceiro legitimo, mas não foi choque algum para o grupo de Roier vê-lo com alguém. Todos sabiam que o artista tinha o seu charme e que em algum momento alguém a sua altura demonstraria o amor que mantinha por ele.

Roier sempre teve um pé atrás com todas as pessoas que ele tentou um relacionamento, drags nunca foram bem-vistas socialmente, poucos entendiam a arte que aquilo era, a performance no palco, o carinho que o mexicano tinha por sua parte meio Melissa. Quando encontrou alguém que admirava o que tudo aquilo era, viu que tinha encontrado o relacionamento que sempre idealizou.

Ensinou muitas coisas para o brasileiro, ensinou a forma que falava em palco, as maquiagens complicadas que fazia, até mesmo o deu um senso de moda a mais com suas falácias sobre o próprio trabalho. Ele continha um carinho enorme pela profissão que exercia, amava a arte, amava poder se expressar.

Cellbit custou a entender, se esforçou e fez algumas anotações aqui e ali quando via que era necessário, ele queria aprender, saber o que fazer quando o marido pedisse ajuda, apreciar tudo o que fazia.

Mesmo sendo um homem totalmente caseiro, e tendo casado com alguém que se quer conseguir parar um final de semana em casa; ambos tentavam ao máximo se adaptar ao mundo que agora era unificado. Cellbit saia e via seu marido montado, desfilar e dançar durante um tempo na noite; Roier se prestou a passar um tempo em casa, dormir no sofá colado com o detetive, mesmo que depois acordasse com um torcicolo.

Aquela noite não foi só uma noite, não ficaram juntos só uma vez, foi a noite que mudou a vida de ambos para sempre, a noite que entrelaçou dois mundos oposto e os fez amar cada detalhe alheio.  




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sem revisão no capitulo, perdão se tiver algum erro de digitação!

foi uma delicia escrever isso, quero mais fanfics q!Roier drag-queen meu deus D:

beijos definitivos chuchus!

Una Noche. -guapoduoOnde histórias criam vida. Descubra agora