Capítulo 2: Ovelha Negra ou aberração?

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Narrador.

Enquanto Carmen segurava Lunna pela mão as crianças que antes bisbilhotavam pela janela iam se afastando. As mãos e as unhas da garota estavam cheias de terra, seus olhos com olheiras e uma expressão rígida tomava seu rosto.

- ela parece um zumbi. - uma das crianças sussurrou para Carlotta lhe pedindo colo.

- ela matou aquele gatinho? - Emilly se agarrou com a menininha ao lado.

- Ora essa, não digam isso. Sejam legais com ela. - Foi quase inaudível, mas Lunna e Carmen escutaram.

- Eu vou te dar um banho e preparar um lanche gostoso, o que acha? - Carmen tentou animar a menina que subia as escadas em silêncio. A madeira rangia abaixo dos pés das duas. Lunna parou no topo da escadaria e olhou para baixo.

- Eu não matei o gatinho. - Ao olhar de volta para Carmen o único rastro de emoção eram seus olhos marejados. - eu não faria isso.

- Ei, ei. Claro que não. - A mulher se abaixou e levantou a mão para tocar a bochecha da menina mas a pequena deu um passo para trás e tropeçou, caindo sentada no chão. - Lunna, eu não vou te machucar. Quero ser sua amiga. Você me deixou segurar sua mão, o que acha de me deixar segurar de novo? - Carmen estendeu a mão para a menina que apenas encarou. - então venha, só me siga. - ela lhe ofereceu um sorriso. Mas Lunna apenas se levantou e a olhou.
Era como se ela esperasse um ataque  pronta para revidar. Estava na defensiva e Carmen sabia bem como era. Não é algo que se decide, é um mecanismo para proteger a si mesma.

- Olha, me espera um pouquinho aqui, certo? Eu vou tirar esse vestido e colocar algo mais confortável. Depois vou te ajudar a tomar banho. - a menina apenas sentou no chão novamente. - Não precisa ficar sentada no chão. Tem um banco no corredor. - a ruivinha não se mexeu.

Carmen caminhou rapidamente até seu quarto, sequer tomou banho. Apenas colocou uma roupa mais confortável e correu de volta para Lunna. Ela tinha que ter chegado mais cedo para recepcionar a menina, mas a companhia estava tão boa que ela acabara por se esquecer.

Lunna coçava o pulso freneticamente quando Carmen voltou. Sangue escorria por sua pele pálida e cheia de sardas.

- Lunna! - ela correu na intenção de se aproximar da garota. Mas ela se afastou e lhe mostrou os dentes.

- Ei, está tudo bem. - Carmen se afastou. - eu não quis te assustar. Olha já voltei. Você pode vir comigo? - um aceno de cabeça após alguns segundos a encarando foi sua resposta.

Lunna levantou desajeitada, só agora Carmen percebeu que a menina não tinha total domínio para andar. A garota estava com os pés descalços quase em carne viva mas não parecia se importar, seu vestido branco e meia calça da mesma cor estavam tão sujos de terra que com certeza demoraria um tempo para deixar limpo.

O quarto era espaçoso. Seis camas, uma para cada menina. Cinco delas já tinham suas respectivas donas. Agora a sexta também teria.

 Agora a sexta também teria

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Depois da V.I.L.L.E - Carmen e Júlia.Onde histórias criam vida. Descubra agora