－𝙑𝙤𝙘𝙚̂ 𝙚́ 𝙪𝙢 𝙥𝙧𝙤𝙗𝙡𝙚𝙢𝙖 𝙜𝙖𝙧𝙤𝙩𝙖.
－𝙋𝙤𝙨𝙨𝙤 𝙖𝙥𝙤𝙨𝙩𝙖𝙧 𝙦𝙪𝙚 𝙨𝙤𝙪 𝙤 𝘀𝗲𝘂 𝗽𝗿𝗼𝗯𝗹𝗲𝗺𝗮 𝙛𝙖𝙫𝙤𝙧𝙞𝙩𝙤.
Já ouviu falar em problema? Aquilo que trás transtornos, e exige grande esforço para ser solucionado?
Era esse...
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𝖡𝖾𝗒𝖺𝗁 𝖽𝖾𝗏𝗂𝖾𝗌.
— Beyah? Já é a quarta vez que eu chamo sua atenção só nessa aula, você dormiu de novo? — A professora chama.
— Hum? Não.. Foi só um cochilo, não vai acontecer novamente, desculpa. — A respondo.
— Beyah, isso está acontecendo há meses, oque está acontecendo com você? Você precisa descansar? Vá para casa. — A mesma manda e eu fico em silêncio.
— Vamos beyah, faça oque eu estou mandando. — Ela continua e eu suspiro.
Levanto juntando minhas coisas saindo dali, indo em direção a secretária.
— Oque houve dessa vez? — A secretária pergunta já sabendo do que se tratava.
— Dormi em sala de aula, preciso de permissão para sair. — A respondo.
— O porteiro vai abrir o portão para você. — A olho e saio dali.
Já é a décima vez que a professora me manda para casa, por dormir nas suas aulas, oque custa me deixar ficar? sinceramente, eu nem tô ligando para esse curso, não estou focada, ultimamente tudo está tão corrido e complicado que nem tive tempo de parar para pensar.
Hoje faz 4 meses que meu pai morreu, ele morreu por doenças cardíacas, a exatos 4 meses atrás, 4 meses que eu me encontro perdida.
Meu pai era muito importante para mim, sempre cuidou muito bem de mim, sinto muita falta dele, eu pensei que esse sentimento fosse passar alguma hora, mas parece que só piora a cada dia.
Oque mais me deixa chocada é minha mãe não ligar para isso, ela nem fez questão de telefonar para mim, perguntar se estava tudo bem, ela só se importa com a família dela, a que está com ela, claro, por que eu, tenho certeza que ela não lembra nem o nome.
Desde que ela se separou do meu pai e ele ficou com a minha guarda, ela só pensa nela mesma, não fez questão de ser presente esses anos todos, e não vai ser, muito menos agora.
No momento, me encontro completamente perdida e vendo tudo perder a graça, eu não consigo focar nas coisas que gosto, parece que não consigo viver normalmente, sempre falta alguma coisa.
As vezes, eu só queria ter mais tempo, acho que todo mundo gostaria de ter, alguns minutos com alguém que você goste, alguém que você perdeu, ou qualquer coisa, só por minutos, ter alguém de volta.
Sou fotógrafa, sou até que bem conhecida por isso, e esse é o motivo de hoje em dia ter uma condição boa e conseguir me manter sem meu pai, mas sempre gosto de fazer cursos para aperfeiçoar e aprender melhor, - Do qual eu fui mandada para casa por dormir nas aulas. - porém, nesses últimos 4 meses eu recusei todos os trabalhos que eu tinha para fazer, não estou com cabeça para isso, e acho que nem conseguiria fotografar direito se fosse.
