🔴 gatilho: tentativa de suicídio e abandono familiar!!
Minha história começa em uma madrugada fria do dia 9 de março de 2006 quando mamãe foi levada às pressas para o hospital com fortes contrações. Seu parto durou por volta de 4 horas e logo eu nasci, as exatas 03:10 da madrugada, aparentemente saudável, pesando cerca de 2 quilos e 500 gramas e medindo 46 cm; eu era um bebê pequeno e magro, mas saudável o suficiente para sair do hospital.
Minha chegada em casa foi marcada por muita alegria, ao menos para papai e mamãe, nos quais eram os únicos a comemorar meu nascimento naquele fatídico dia. Aos poucos os anos se passavam corriqueiros e cheios de momentos felizes, ao menos até meus três anos de idade quando, depois de um desmaio os médicos descobriram um sopro em meu coração; lembro-me vagamente das lágrimas de desespero da minha mãe e a face preocupada de papai, quanto a mim, não entendia a gravidade da situação e apenas brincava com as orelhinhas do meu coelho de pelúcia denominado BamBam.
Independente da minha condição cardíaca e dos remédios que me deixavam tonto, eu ainda assim era feliz na companhia do papai e da mamãe, nós sempre viajavamos aos fins de semana e nas férias escolares e de trabalho do papai; mamãe sempre me punha para dormir ao lado de BamBam e se despedia com um beijo de boa noite. acreditava que tudo era perfeito entre nós e que nada poderia separar nosso amor.... Ou pelo menos era isso que eu pensava... No meu décimo aniversário, mamãe ajeitou uma pequena mochila escolar com algumas roupas minhas e meus remédios, nos quais ainda tinha que tomar vez a outra. Já papai fez o café da manhã em extremo silêncio e em seguida foi ajeitar o carro estacionado na garagem de casa; mesmo com o clima estranho estabelecido ali eu ainda estava feliz, afinal, era meu aniversário.
Sentados os três a mesa começamos a tomar nosso café da manhã em um abundante silêncio; naquele momento, lembro-me de perguntar a mamãe se iríamos viajar e a mesma apenas acentiu com a cabeça e sorrio com seus lábios pintados de vermelho. Com isso, não hesitei em comer o mais rápido possível, pegar BamBam e saltar para dentro do carro prata de papai.
E assim, após o café da manhã nós três partimos em direção a seoul, 3 horas de viagem de Daegu onde morávamos. a viagem foi silenciosa, diferente das anteriores as quais eram cheias de cantorias e risadas; ali novamente notei que algo estava errado, porém, não tinha ideia da gravidade da situação até então.Três horas enfim se passaram e o carro que papai dirigia enfim parou a frente de uma sorveteria em uma rua bem movimentada, ali descemos nós três, e mesmo estando um pouco frio, tomamos um grande Sunday de chocolate com morango, no qual me recordo estar uma delícia. Após deixarmos a sorveteria, papai buscou a mochila no porta-malas do carro enquanto eu e mamãe tomavamos à frente em nosso "passeio".
Poucos metros à frente, papai nos alcançou em passos vorazes e segurou minha mão junto a mamãe; como uma criança inocente, caminhei sorrindo ao lado deles enquanto observava a nova cidade atentamente com meus olhos curiosos. De repente nossos passos foram interrompidos e minhas mãos soltas sem qualquer explicação; mamãe então se abaixou a minha frente e sorriu, já papai apenas afagou meus cabelos e me entregou a mochila azul marinho estrelada, na qual carregava em seus ombros.
Ainda me recordo das palavras ditas por aquela mulher, minha mãe, em completa obediência acatei suas ordens sem saber o que viria a seguir..."Querido, fique aqui. Papai e mamãe já voltam, precisamos resolver um assunto ok?"
Sentado sobre a guia da calçada via meus pais se afastando aos poucos e sumindo diante da minha visão...uma hora...duas horas... Até mesmo cinco horas se passarem nada deles voltarem, ali percebi que algo estava realmente errado, e que aquela espera não duraria apenas poucos instantes como eles haviam dito.
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Oh My Sunshine! -Sope-
Fanfiction⚠️conteúdo sensível: depressão, abandono, automutilações, crises de anciedade e traumas familiares. leia por sua conta e risco, boa leitura.⚠️ "A depressão é uma doença na qual atinge duas em cada cinco pessoas mundo a fora; dentre essas pessoas tem...