Ela parecia completamente maluca, mudando de expressão de repente e tornando-se amarga.
Ele a observou descendo as escadas enquanto arrumava seu cabelo loiro. Ficou parado por um momento na porta, observando as pessoas no corredor, antes de sair do quarto e seguir pelo corredor.
Desceu as escadas e seguiu em frente, passando por ela, que estava parada em um canto, indo em direção à sua irmã, que ainda estava na roda. Ficou ao lado dela.
"Venha", ele disse, abaixando-se para falar em seu ouvido, antes de se levantar e andar um pouco, ficando parado.
"O que foi?" ela perguntou, ficando ao seu lado com seu sorriso habitual. Ele adorava o sorriso dela; era o ponto positivo da família deles. "Hiearli", ele destravou ao vê-la se aproximar daquela garota, e ele foi atrás, cruzando os braços. "Você nem foi brincar."
"Verdade", ela sorriu para a irmã, mas olhou rapidamente para ele. "Se divertiu?" Ainda olhando para ele, mas perguntando para Chiara.
"Claro, foi super legal", ela olhou para ele. "Obrigada, irmão, por ter deixado", mostrou os dentes.
"De nada", ele respondeu rapidamente, olhando-a com carinho, antes de desviar o olhar para Hiearli e depois para Chiara. "Chiara", ele aproximou-se dela, falando baixo em seu ouvido. "Vou indo", afastou-se e abriu a boca para negar com a cabeça. "A cuidadora foi embora, vovô está sozinho agora", sussurrou para ela, que se aproximou dele.
"Ele está bem, né?"
"Com certeza", respondeu, não tão confiante. O estado dele estava difícil para todos eles, mas para ele estava sufocante. "Vou indo", ficou de frente para ela, segurando sua cabeça com as palmas das mãos, cada uma de um lado, e aproximou a boca do topo de sua cabeça, beijando-a antes de se afastar.
"Qualquer coisa, fale", ela sussurrou. "Não acha bom eu ir também?" Não, seria demais.
"Não, Chiara, por favor", olhou nos olhos dela. "Volte antes de amanhecer", concordou. Sorriu ao se afastar dela, olhou para baixo e virou-se de costas, ficando perto da porta de saída. Por fim, olhou para trás por cima do ombro, vendo sua irmã sorrir para Hiearli, mas Hiearli o olhava com uma expressão nada boa.
Desviou o olhar e saiu do local, andando pelo quintal e deixando a residência. Caminhou pela rua em direção à sua casa, pensativo.
As coisas estavam difíceis. Ele comprou um remédio para o avô, mas achava que precisaria comprar outro. Seu pai não estava ajudando com as finanças da casa e além fechou todo os cartões do seu próprio filho após uma discussão, só se importava com os negócios da família. Seu avô estava à beira da morte, e ele era o único que se importava com sua saúde. Passava dia e noite cuidando dele, enquanto seu pai nem sequer atendia suas ligações.
Olhou para o celular, que estava com a tela de chamada. Ele não o atendia...Abriu a porta de casa e entrou, indo em direção à cozinha e depois à área dos seus cachorros. Abriu a porta e entrou, servindo-lhes a comida como sempre.
"Demorei, né?" sorriu, ajoelhando-se e massageando seus pelos. "Tive um imprevisto, desculpem." Apertou seus rostos e eles o olharam, parecendo entender, e começaram a massagear seus pés. "Vamos, vamos", levantou e os deixou sair, fechando a porta.
Voltou ao caminho, passando pela cozinha e pegando uma garrafa não muito gelada na geladeira. Pegou uma sacola e seguiu em frente, passando pela sala e entrando em um corredor que levava ao centro da casa. Viu seus cachorros ali, na frente da grande janela que ia do teto ao chão, observando o céu escuro. Encostou-se na parede e tirou a pulseira do seu braço, colocando-a sobre uma mesinha ao lado. Depois, dirigiu-se a um armário.
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Oxford - Insolence
Mystery / ThrillerOxford uma cidade bela, de riqueza nas pessoas, a amizade é tudo para todos, regras são para ser cumpridas... mas algo mudou depois daquele verão. Verão de 2008 foi bem difícil para a Hiearli, a sua vida é perfeita, todos querem ter a sua vida, a vi...