Sexta-feiraMe arrumei para ir à escola enquanto preparava a mamadeira do bebê. Durante esse processo, fiquei pensando sobre Jungkook e as coisas que fiz para ele. Eu gostaria de poder falar com ele e me desculpar, mas não sei se ele estaria disposto a conversar comigo. Além disso, eu precisava falar com ele de qualquer maneira, já que estava com nota baixa em sua matéria. Nunca fui bom em matemática, o que dificultava meus estudos. Peguei Taeyang, que deu um chorinho porque queria assistir desenhos, mas ele precisava ir para a creche hoje. Ontem à noite, conversei com minha mãe e pedi à velha para buscar o bebê na escola, pois eu ia para o outro lado da cidade procurar emprego. Às vezes, as entrevistas acontecem imediatamente, então eu estava preparado para isso.
"Calma, meu amor, está tudo bem. Logo a vovó vai te buscar na escola e você vai se divertir muito na casa dos seus avós, ta bem?" Sorri gentilmente para o pequeno, que me olhava com seus grandes e inocentes olhos brilhantes. Abraçando-o, dei beijinhos em suas bochechas, aproveitando aquela risada gostosa que me deixava doido de paixão.
Saímos de casa como de costume todas as manhãs. Ultimamente, tenho ido ao cemitério todos os dias para visitar Jungkook, mas na noite passada tive um sonho encantador. Foi um sonho tão real, que parecia não ser apenas um sonho. Jungkook apareceu no meu quarto. Ou talvez tenha sido apenas algo da minha imaginação. Conversamos por um longo tempo, mas tudo o que ele me disse não fazia sentido para mim. Nada parecia fazer sentido, então acredito que tenha sido apenas algo da minha imaginação.
........
Eu estava quase pegando no sono quando, de repente, senti alguém acariciando meu rosto. Jungkook costumava fazer isso quando ele estava presente em minha vida; eu adorava seus carinhos, especialmente quando acariciava meu rosto. Era um gesto de afeto indescritível, e naquele momento, senti dedos suaves passando lentamente por minha face. Abri os olhos, surpreso e assustado. Eu sabia que Jeon não estava mais aqui, então quem poderia ser? Meu coração disparou quando olhei para o lado esquerdo da cama e vi Jungkook com aquele sorriso que sempre me encantava. Lágrimas encheram meus olhos enquanto meu coração se enchia de alegria e tristeza simultaneamente. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Por que ele estava aqui? Era realmente ele ou apenas fruto da minha imaginação?
Desesperadamente, bati na minha cabeça com as mãos, tentando acordar desse pesadelo, mas, surpreendentemente, nada aconteceu. Olhei ao redor do quarto e tudo parecia normal. Eu sabia que estava acordado, mas por que Jungkook estava aqui? Por que ele... era ele mesmo? Ao lado da cama, o berço do meu filho estava lá, sem nenhum problema, a criança estava dentro dele. Eu comecei a pensar que isso tudo era fruto da minha imaginação, que eu estava enlouquecendo. Fechei os olhos para me acalmar, pois não conseguia entender o que estava acontecendo.
"Eu disse pra você que estaria ao seu lado onde quer que eu estivesse, não foi?" - perguntou Jungkook.
A sua voz me tocou. Lembro perfeitamente disso. Olhei para o mesmo que ainda estava ao meu lado, seu corpo se aproximou de mim e ele me abraçou. Senti tudo o que estava acontecendo. Meus olhos não paravam de escorrer. "J-Jungkook?" - foi a única coisa que consegui dizer.
"Eu sei que parece ser assustador ao mesmo tempo estranho, não é mesmo meu amor? Mas, sou eu, seu Jungkook." - disse Jungkook, levando a mão até o rosto de Taehyung para enxugar suas lágrimas. "Você não está sonhando, sou eu." - afirmou.
"C-como?" - Taehyung ficou paralisado com a aparição de Jungkook que estava bem à sua frente.
Jungkook suspirou, tentando pensar em uma maneira fácil de falar. "Eu não sei explicar, mas sou eu. Eu sei que não estou vivo, pode ficar tranquilo que não sou um espírito ruim, até porque nunca fui ruim, não é?" - disse Jungkook.
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Laços Inesperados ( Taekook,vkook, Fanfic)
FanfictionEm meio ao luto pela morte do namorado, Taehyung enfrenta o desafio de concluir o último ano do ensino médio. Grávido de Jungkook, ele encontra conforto em seu novo professor, que se assemelha ao falecido parceiro.