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felix

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felix

meu humor era péssimo durante a manhã e eu obviamente reconhecia aquilo, afinal eu não era tão filho da puta. acordar cedo me desgastava totalmente e eu vivia no piloto automático, até que o meu corpo finalmente decidisse acordar.

- bom dia, lixie. - meu pai comentou sorridente, enquanto equilibrava uma bandeja com frutas e a garrafa de suco de laranja.

- não podemos tomar um café da manhã normal? eu quero gordura!

- você quer se matar?

- quero. - dei de ombros, pegando uma grande fatia de melancia.

- deus te livre, meu filho! acorda para a vida felix, quer alongar antes de ir?

- não, pai. - revirei os olhos, aquelas eram as desvantagens de ser filho de alguém tão fitness. por mais que eu gostasse muito de esportes e fosse bem saudável, ele passava dos limites.

as vezes eu me perguntava como minha mãe e irmão e estariam vivendo. é, eles provavelmente não corriam no parque todo final de semana, as seis e meia da manhã.

eu sentia falta deles, mas a vida com o meu pai era melhor para mim, éramos muito mais parecidos e na maior parte do tempo, nos dávamos muito bem. a separação deles havia sido difícil para todos nós, mas eu havia aprendido a não me importar, eu apenas queria seguir em frente.

- eu adoraria ver você inscrito no time masculino, ouvi dizer que o treinador é ótimo.

- eu não vou participar de nenhum projeto da escola, é sério.

- você precisa se misturar mais, felix.

- okay pai, anotado.

meu pai costumava ser super popular, capitão do time e sempre estava com o pessoal mais descolado da escola. porém ele precisava entender, que eu não era igual a ele.

tomamos o café da manhã rapidamente e não demorou muito para estarmos finalmente prontos. por mais atrasados que estivéssemos, acabamos fazendo o caminho a pé, afinal meu pai era mesmo um maluco quando se tratava de exercícios.

graças aquilo, eu tinha basicamente trinta segundos para chegar  até a minha sala. mal tive tempo para me despedir do meu pai, apenas peguei a minha mochila e corri o mais rápido que eu consegui, afinal a professora da primeira aula, era mais do que intolerante a atrasos.

enquanto eu corria como se a zara estivesse em uma liquidação de 70%, acabei tropeçando no pé de alguém e indo de cara para o chão. para a minha sorte, os corredores estavam vazios porém aquilo não diminuiu o meu estresse.

- meu deus, desculpa! você está bem? - o garoto me estendeu a mão, eu apenas bufei irritado e então me levantei.

- caralho mesmo, por que colocou o pé na minha frente?

- opa calma aí, era você quem estava correndo. - assim que eu consegui ficar em  pé, percebi que ele era muito mais alto do que eu.

- isso não te dá o direito de me derrubar! - comentei ainda mais irritado, ao perceber que ele estava segurando a risada. - olha o tempo que eu perdi aqui, que saco! a professora já não gosta de mim e agora eu estou ferrado.

- foi mal! mas você também é bem rude, não acha?

revirei os olhos e então ignorei completamente o garoto irritante e voltei a correr para a minha sala, eu já estava cerca de um minuto atrasado. a porta estava fechada e assim que eu tentei abri-lá, recebi o olhar mortal daquele projeto de demônio, ela não me deixaria entrar.

o meu dia mal havia começado e já estava péssimo e seguindo os costumes de ser uma bela filha da puta, eu colocaria a culpa por todos aqueles problemas, no garoto alto que havia derrubado.

...

Os créditos dessa adaptação vão para a vxndijk

the way i am | hyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora