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felix

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felix

eu não estava sentindo mais as minhas pernas, enquanto meu pai continuava correndo como se não houvesse o amanhã. assim que senti falta de ar, me abaixei enquanto colocava as mãos no joelho e tentava respirar profundamente.

- ah não felix, você já foi mais resistente!

- podemos dar um tempo? eu estou morto.

- tudo bem. - ele deu de ombros, começando a caminhar lentamente.

aproveitei para abrir a minha garrafa com água e virar ela na minha boca desesperadamente. porém como a minha vida era uma piada, alguma coisa atingiu meu rosto em cheio, fazendo com que a garrafa virasse e molhasse toda a minha camiseta.

meu pai havia parado de caminhar e eu logo percebi o que havia sido arremessado em mim, uma bola de basquete. antes que eu pudesse surtar pelo meu azar, duas pessoas se aproximaram.

assim que o garoto apareceu, também chocado pela coincidência, eu me prepararei mentalmente para xingar todos os palavrões existentes.

- você de novo? eu estou começando a achar que é proposital!

- me desculpa, nossa. - ele riu, como ele conseguia ser tão debochado?

- me desculpa é o caralho! você com certeza está fazendo isso de propósito, qual o seu problema comigo?

- ei, se acalma.

- valeu hwang hyunjin, ele estava mesmo precisando acordar. - meu pai riu, enquanto o garoto que estava com o mais alto, tentava controlar a risada. não pude deixar de reparar o quão parecidos os dois eram.

- treinador lee! você conhece esse menino?

- ele é meu filho, felix.

- mas o senhor é tão legal. realmente os filhos não puxam os pais! - ele riu mais uma vez. eu só queria poder dar um soco naquele rostinho. - eu e o yuta estamos jogando basquete, quer se juntar a nós?

- com certeza!

- não, ele não quer. - dissemos ao mesmo tempo, deixando o meu pai extremamente confuso. - caso não tenha percebido, ele já está muito ocupado.

- felix, não seja tão rude!

- há alguns dias ele me derrubou e ainda me fez perder a primeira aula! hoje me encharcou e agora eu fiquei sem água, como espera que eu goste dele?

- foi sem querer! e agindo assim, você está fazendo com que eu também não goste de você.

- pouco me importa o que você acha de mim. - dei de ombros, enquanto sentia a sensação incômoda da camiseta molhada, grudando em minha pele. - agora vamos, pai.

meu pai ainda estava perdido na situação, mas logo se despediu dos outros dois e voltou a caminhar do meu lado. era incrível como o ano mal havia começado e eu, já estava odiando alguém.

- sabe, eu acho que senti um clima. - meu pai riu, fazendo com que eu o encarasse, tipo, sério?

- não tem graça.

- é só uma brincadeira, vocês não fazem o tipo um do outro. - ele deu de ombros, sorrindo animado em seguida. - agora vamos, ainda temos quarenta minutos de corrida.

revirei os olhos ao lembrar daquele fato. é, eu sentia saudade de chan, ao menos ele me levava para comer fast foods. a vida fitness era uma droga.

the way i am | hyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora