O monstro volta para casa

256 12 11
                                    


     Acordou depôs de algumas horas, aquele lugar realmente era mais confortável que sua antiga cela, mas tinha uma coisa que incomodava ao ponto de desejar voltar para um cela normal. Não dava para saber quanto tempo estava ali, não tinhas janelas, pos estavam no subsolo e ele não tinha um relógio ou algo que marcasse as horas, estar sozinho naquele quarto era agonizante, lembrava as solitárias de Alcatraz.

Olhou para a estante no comodo, não era muito de ler, nunca teve a oportunidade para tal ato, mas não tinha mas nada para fazer mesmo. Escolheu um dos livros, o que tinha a capa e o título mais chamativos e se sentou no chão com as costas apoiadas na cama.

Realmente ler era bom, o livro era interessante, era de mistério e terror o que lhe agradava. Depôs de alguns capítulos lidos escutou batidas na porta,  largou o livro e encarou a mesma, mesmo não gostando da solidão não queria ter que interagir com aqueles idiotas de novo.

Mas ninguém falou nada, então viu um bilhete passar por debaixo da porta. Ele foi em direção ao papel um tanto desconfiado, o pegando do chão.

"Pai, você tá aí?"

Olhou para o papel surpreso, só poderia ser uma pessoa. Então Finalmente iria conhecer esse tal filho que tinha, um sorriso brotou no rosto de Cellbit.

"Uma oportunidade"

– Richarlison? É você – Perguntou com seu melhor tom surpreso e emocionado.

Mais um bilhete.

"VOCÊ LEMBRE DE MIM?!"

Escrito em maiusculo, dava para ver a emoção que ele escrevia as palavras.

– É claro que eu lembro filho! – Aquilo era perfeito, crianças são facilmente manipuláveis.

"Os pais falaram que você tinha perdido a memória, eu tenho que falar para eles que você recuperou" As letras estávam tortas pela rapidez que foram escritas.

– Não filho, não faz isso – Falou rápido antes que ele saíssem correndo.

"Por que?"

– Eles não entendem Richarlison, eu não esqueci só estava confuso. Mas eles acham que sou perigoso... por isso me colocaram aqui, mas não é verdade. Eu estou melhor, mas eles não querem acreditar – Falou fingindo estar o mais triste possível, era fácil fingir para Cellbit. Sempre soube fazer isso, era uma ótima forma de conseguir o que queria na prisão.

"Eu vou falar com eles, vão acreditar em mim"

– Não vão filho, acredite em mim. Eles não confiaram em mim, imagine em você – Falou e os bilhetes pararam, se perguntou se ele tinha ido embora.

"E o que eu deveria fazer então?"

– Você confia em mim? – Perguntou e uma resposta de "sim" veio logo em seguida.

– Você tem que tirar o pai daqui tá bom? Pega as chaves que provavelmente estão com o loi- com o Forever e trás para mim, eu tenho que mostrar para eles que tô bem... E eu tô com tanta saudade Richarlison, queria tanto poder te ver de novo – tinha que admitir que queria poder fazer isso com ele o vendo, era mais fácil enganar se as pessoas estivessem o olhando.

"Eu também tô com saudades"

– Vai fazer isso pro pai filho? Para as coisas voltarem a ser como eram antes –

...

"Espera, depois eu volto"

O sorriso era genuíno no rosto do brasileiro, se conseguisse sair daqui iria fazer essa ilha queimar, até todos caírem aos seus pés.










Novas cinzas (QSMP) GuapodouOnde histórias criam vida. Descubra agora