07

1.2K 132 63
                                    


somos almas gêmeas afinal

-Estou mandando você calar a boca!

-Mas...

-Fica quieto!

Gon não pôde fazer nada além de permanecer em silêncio diante do olhar furioso de Killua.

O albino se virou com a intenção de ir embora, mas o moreno não deixou e correu atrás dele.

-kiiiiillllluuaaa! Sinto muito..." ele disse, balançando o braço, esperando que o albino prestasse atenção nele.

O albino ergueu o dedo indicador na frente do rosto de Gon, fazendo um gesto de silêncio.

O momento romântico infelizmente durou apenas um dia e no outro já brigavam pelas marcas recém surgidas. Mesmo assim, aquele momento permaneceria gravado nas mentes e nos corações de ambos.

De volta aos dias atuais, desta vez o evento recente superou a paciência de Killua. Se ele estivesse perto de Gon no momento em que o corte profundo apareceu em seu pulso, e não no meio da aula de piano, ele o teria espancado até a morte.

Ambos tinham a mão direita enfaixada e com uma mancha de sangue. Killua ficou tão chateado porque não conseguiu esconder aquela ferida profunda de seu pai

Ele começou a sangrar até desmaiar na frente de sua amarga professora de piano e ela alertou o homem gritando histericamente, e ele o privou de certas atividades enquanto o ferida cicatrizada.

Então Killua se forçou a engolir sua preocupação com a condição de Gon e dar lugar a uma raiva incontrolável.

-Foi um acidente! Eu juro! - O olhar do moreno refletiu súplica e por um momento Killua hesitou, mas no final se manteve firme.

-Acidente, acidente, é sempre um acidente! Pare de ser estúpido e fique parado!

Muito ao contrário do que ele disse, Killua adorava secretamente essa faceta tão enérgico que Gon costumava mostrar.

-Eu tento isso, mas... mas...!

Podia ser facilmente lido na atitude do moreno que ele havia ficado sem argumentos válidos para se desculpar com Killua.

-Eu simplesmente faço e pronto! É como uma voz que me incentiva a fazer certas coisas, entende? Sem medir o perigo, ele apenas me diz "faça!"

-Não, eu não te entendo! Eu não entendo como você não consegue ficar quieto por um maldito dia?

Killua começou com um monólogo onde reclamava da atitude de Gon, ocasionalmente exagerando em algumas coisas.

O moreno tentou se defender, mas foi impossível já que o albino não parava de falar expressando sua discordância, chegou a acrescentar coisas que nem tinham relação com o assunto principal! Como se aproveitasse para reclamar de tudo que não gostava no mundo.

Demorou alguns minutos em que Gon tentou refutar, em vão, para começar a se cansar da série de conversas que ele nem conseguia entender completamente.

Qual é a melhor maneira de calar alguém?

Gon, como sempre, fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça: beijá-lo.

HematomasOnde histórias criam vida. Descubra agora