De Volta (Luffy x Nami)

Ele retornou

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- Ei, Nami, como você acha que vai ser o nosso futuro? - O moreno perguntou enquanto coçava a nuca, o casal estava sentado lado a lado no banco de uma praça, Nami tinha a cabeça encostada no ombro dele, enquanto ele observava o céu.

- É meio incerto, né? Mas eu tenho certeza que a gente vai se dar bem, vamos continuar sendo felizes, comprar nossa casa, talvez até começar nossa família. - Ela sorriu meiga enquanto segurou o braço dele firme, percebeu que ele deu um risinho abafado e um sorriso, porém, era um sorriso vazio, não era o corriqueiro sorriso do rapaz, que aquecia o coração dela, mas sim um sorriso que não carregava senão algum tipo de tristeza profunda.

A ruiva notou que naquela semana, especificamente, Luffy aparentava estar mais distante que o normal, sempre divagando, fitando focado sua vista para o nada, olhando o céu ou simplesmente fitando as próprias mãos juntas enquanto ele tinha os cotovelos apoiados nos joelhos. Mas agora, vendo que esse comportamento recorrente estava se tornando incômodo, ela decidiu agir.

- Escuta, amor, por que você anda tão distante?

- Distante? Eu só tô pensando um pouco nas coisas. - Ele deu aquele sorriso de tristeza novamente.

- Não é comum pra você ficar pensativo assim, Luffy. - Ela desencostou do ombro dele, mirou sua visão nos olhos dele. - Me diz, o que tá te preocupando tanto assim? - Ela colocou a mão direita na bochecha dele carinhosamente.

- Não é nada, pode ficar tranquila, Nami. - Ele se aproximou e deu um selinho nos lábios dela, sempre com um pequeno sorriso, então se levantou, estendendo a mão para ela segurar. - Bora encontrar uma sorveteria. - Ela pegou a mão dele, a ajudando a se levantar, então começou a caminhar ao lado dele.

Nami sabia que algo de errado estava acontecendo com seu namorado, porém, era difícil saber exatamente o que se passava na mente dele, já fazia certo tempo que ele não desabafava e contava coisas mais profundas para ela. Na verdade, a intuição dela dizia que Nami deveria tentar conversar com ele o máximo possível para ele contar o que estava errado. Porém, mesmo seus instintos mandando, ela não o fez.

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- Nami... Nami... - A ruiva pareceu despertar de um sonho, olhou para sua frente, o prato de comida na mesa, ainda cheio, e do seu lado a garota que a chamava. - Dormindo acordada de novo? Vamos, você vai ficar atrasada desse jeito, precisa comer rápido pra se arrumar, ou vai perder seu ônibus.

Ela olhou para sua irmã, e Nojiko tinha razão, ela deveria ser rápida, afinal, era o primeiro dia de aula da faculdade, depois de três anos trabalhando para conseguir pagar, ela finalmente atingiu o objetivo, e estava agora na faculdade, localizada próxima à cidade.

- Desculpa, Nojiko, eu só tava pensativa. - Olhou triste para o garfo ao lado.

- Não tava pensando nele, né? - Nami fez uma expressão de dor, coçou o braço. - Já falamos sobre isso, mana, já faz cinco anos, melhor esquecer ele de vez, não fica se remoendo assim, só vai ser pior.

- Eu sei, é que... Foi sem querer, só me lembrei de uma coisa, e... Bom, essa coisa levou a outra, e então ele voltou pra minha mente. Mas tá tudo bem agora. - Ela se levantou da mesa.

- Não vai comer?

- Não, tá tudo bem, eu fiquei sem fome, vou tomar um banho rápido. - Saiu andando de cabeça baixa.

A ruiva abriu o chuveiro e entrou embaixo do mesmo, ela ficou parada, sentindo a água escorrer pelos seus cabelos. Então, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos, lágrimas salgadas se misturavam com a água do chuveiro, ela soluçava baixinho, enquanto mais lágrimas insistiam em cair. Por quê? Ela pensava. Por que tive que te conhecer? Por que aquilo aconteceu? Por que você continua na minha cabeça até hoje? Levou as mãos até o rosto para esconder o mesmo. Aquele seria um longo primeiro dia na faculdade.