The Queen - Finnick Odair.

Shells

Acordo com o barulho da gritaria de crianças enquanto brincam.

Faz 5 anos desde que ganhei os jogos.Parece que tudo na minha vida virou de cabeça pra baixo.

Quando voltei descobri que minha mãe vendeu nossa antiga casa e colocou meus irmãos em um orfanato, não tenho notícias dela desde que sumiu, sinceramente nem quero ter...

Depois dos jogos virei mentora, mas minha primeira jogadora venceu os jogos então não tenho que voltar todo ano para a capital.

Agradeço os deuses por isso.

Agora estou morando com meus irmãos e com Johanna no orfanato, já que tenho 20 anos ainda sou "protegida" pelo sistema por ser uma vencedora dos jogos.

Como eu não quis uma casa na capital o jeito e morar aqui mesmo:

Prefiro.

Aquelas casas além de serem sombrias também desconfiou que sejam monitoradas por pacificadores, Snow precisa saber se nós estamos na " linha" e não ameaçamos ele de alguma forma.

- Ei, parem de gritar, sabem que a dona não gosta de ser incomodada.- falo repreendendo os gêmeos.

A dona desse orfanato é uma velha, rabugenta e mal-amada; vive brigando com meus irmãos e ameaçando expulsar a gente daqui.

Não posso arriscar que nós sejamos expulsos daqui.É horrível? É, mas é bem melhor do que ficar na rua, não posso deixar que Ivy e Theo não tenham um teto acima da cabeça, então até eu juntar o dinheiro necessário para comprar uma casa vai ter que ser essa mesmo.

Nós do distrito 7 estamos na mesma miséria de anos atrás, por um momento tivermos dias de glória já que eu tinha ganhado os jogo, mas a capital deu um jeito de nos trazerem pro buraco novamente.

- Oli, pode ir na feirinha das estações para mim?queria um colar de concha de lá - disse sorrindo, sabendo que eu iria ceder.

- Colar de cocha? sério isso Ivy? - falo meio indignada enquanto coloco minha bolsa em volta do pescoço e abro a porta - Volto lá pela noite, tomem cuidado e por favor fiquem longe da velha - digo e fecho a porta indo em direção a feira.

Todo ano tem essa feira, os vendedores juntam todas as coisas boas que tiveram nas estações de cada distrito e vendem.

- Eai Gasparzinho - olho em direção da voz sabendo de quem era: Johanna - demorou tanto que eu achei que não vinha mais.

- Por mim eu nem vinha para cá, a capital acha que nos engana trazendo esses vendedores para cá e outra para de me chamar de Gasparzinho. - falo com certo tédio na voz

- Nem vem Olive essa é uma tradição de nós duas, somos irmãs de alma e nem nos vemos frequentemente, então para com isso se não vou te arrastar até a feira - fala determinada e eu rio de sua fala enquanto levanto da pedra que estava encostada.

Eu e Johanna somos irmãs de almas, uma coisa que existe no nosso distrito, se encontra uma irmã de alma quando justamente sua alma "abraça" com da pessoa, sua alma confia na da outra, viram inseparáveis e parecem irmãs mesmo não sendo,por isso o nome, nossos ancestrais acreditam que é um destino universal que se encontrem.

- Bora chapeuzinho vermelho - eu ri com sua expressão de desaprovação pelo apelido.

Passamos entre as pessoas para chegar na barraca do distrito 4, assim que me aproximo vejo praticamente o símbolo de seu distrito:

Conchas

Como aqueles americanos desgraçados são sortudos, ficam o dia todo na praia,pescando e fazendo colar de conchas enquanto a gente tem que lutar pela sobrevivência.