Por você [Yandere Sakusa x Leitor]

×Capítulo 11×

"Setenta e dois por cento? Sério?" Você examinou o teste dele. "Mas como? Você acertou todas as questões nas planilhas e outras coisas..."

Você olha para ele esperando por uma explicação. Sakusa olha para você por um tempo antes de falar.

"Esqueci parte do material e as perguntas me confundiram um pouco." Ele diz desanimado.

Confundiu ele? Talvez ele fique nervoso durante as provas... você pondera todos os raciocínios possíveis antes de fazer uma oferta.

"Ei, vamos estudar juntos novamente mais tarde, algumas perguntas me confundiram também. Quero dizer, você não precisa se não quiser... mas tipo-"

"Claro." ele responde sem deixar você terminar.

Antes que você tivesse a chance de responder qualquer coisa, um pedaço de papel foi enfiado na sua cara por um certo garoto de cabelo caramelo que parecia um pouco animado demais.

"Olha S/N!" Ele exclamou enquanto apontava para os dois dígitos circulados em vermelho no canto da página. Você estava prestes a parabenizá-lo porque pensou que ele havia alcançado uma pontuação alta quando ele o interrompeu.

"SESSENTA E NOVE!" Ele grita antes de se dobrar, rindo como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. Você dá um tapa na nuca dele e olha para ele com incredulidade. Quantos anos tem esse menino?

"Motoya, você tem a mentalidade de um menino de 11 anos." Você diz hipocritamente enquanto começa a abrir um sorriso.

Ele bufa, você não consegue mais conter o riso quando começa a gargalhar junto com ele. Você dá uma espiada em Sakusa e, embora fosse um pouco difícil dizer com uma máscara, você sabia que ele tinha seu lábios curvados para cima por causa da forma como seus olhos estavam levemente enrugados.

Você decide não apontar isso, pois sabia que isso prejudicaria o orgulho dele, sabendo que ele foi pego sorrindo junto com uma piada de um aluno da 6ª série. Bem, no final das contas, ele é apenas um adolescente.

***

"Hmm... acho que você usou a fórmula errada aqui..." Você diz, apontando para uma pergunta que estava marcada com uma cruz vermelha. "Tente usar este e você obterá a resposta certa." Depois de escrever a fórmula correta, você empurra o papel na direção dele.

Sakusa permaneceu parada, seus olhos nunca quebraram o contato. Eu me pergunto se posso transar com ela na biblioteca aqui mesmo agora...

Você fica aí sentado sem jeito. Por que ele está me olhando assim...

"Oi, as perguntas estão na página, não na minha cara." Você bateu a caneta no livreto do teste.

Ele desvia o olhar enquanto tenta se livrar de seus pensamentos pecaminosos. Pare, pare, pare, pare... pare de pensar nisso

"Oh-uhh-sim, desculpe." Somos apenas nós dois, então ninguém vai ouvir quando ela fizer merda. Concentre-se na pergunta, sim, na pergunta. Agora vamos ver...

A Ravenette observou a equação por alguns segundos antes de pegar o lápis e rabiscar. Seus olhos mal conseguiam acompanhar o que ele escrevia, toda vez que você pensava que ele ia fazer um mini cálculo ao lado, a resposta já estava impressa na página. Era como se ele tivesse uma calculadora no cérebro, embora ele tenha fingido algumas pausas e hesitações aqui e ali para não parecer suspeito, mas mesmo assim, ele completou uma pergunta de três partes em menos de alguns minutos. Você já o viu completar equações difíceis em curtos períodos de tempo várias vezes, mas isso nunca deixou de impressioná-lo todas as vezes.

"Kiyoomi-Kun, tem certeza que não está aqui apenas para me flexionar?" Você diz que não se preocupa em verifique se as respostas dele estavam corretas porque você simplesmente sabia que estavam.

"Mmm..." Ele cantarola em resposta, hiperfixado naquele botão desfeito na parte superior do seu uniforme.

Embora você não soubesse exatamente o que ele estava tentando transmitir, você passa para o próximo problema. Ao desempacotar seu trabalho, você detecta um erro em uma das linhas dos numerais.

"Ah, então aqui você esqueceu de- esperar. Espere aí, o que é... isso?" Você olha para a camisa dele que estava manchada com o que parecia sangue seco.

Sakusa olha para a gola de sua camisa.

Merda, o sangue nojento daquele cara não lavou

totalmente desligado. Porra... o que eu digo a ela... Embora

um pouco preocupado, ele mantém uma cara séria

que mascarou a ligeira trepidação armazenada em

seu coração.

Na tentativa de olhar mais de perto, você puxa sua cadeira em direção à de Sakusa. Você estende a mão e agarra a gola dele e esfrega o material entre os dedos, inspecionando com cuidado. Seus joelhos estavam se tocando e ele podia sentir sua respiração suave em seu pescoço. Seu coração batia forte, você estava tão perto, muito perto, mas ele não se importou. Eu poderia jogá-la na mesa agora mesmo e-

"Por que isso parece sangue..."

Sakusa sentiu seu peito apertar.

"Não é sangue, é suco de cranberry." Ele afirmou, em voz baixa e sibilina. Eu sabia que deveria ter jogado essa maldita camisa fora...

"Oh... acho que faz sentido, pensei que você tivesse matado alguém por um segundo, Omi-kun." Você ri brincando.

Sakusa olha para você.

E daí se eu fizesse?

"O quê? Kiyoomi odeia cranberry."

Komori diz que antes de abrir o pacote de batatas fritas, o barulho da cafeteria tocava ao fundo.

"Você?" Você pergunta enquanto se vira para o garoto à sua direita.

"Não sei." Sakusa responde, recostando-se na cadeira com as coxas afastadas.

"Você quer! Eu juro que sim! Lembro que quando éramos crianças, você provou uma vez e quase vomitou!" A morena exclamou, saltando da cadeira.

Droga, Motoya apenas cale a boca

"Oh? Isso é interessante..." Tomando um gole de

água, você olha para a Ravenette. Foi ele

mentindo para mim então? Por que ele mentiria sobre algo tão trivial?

"Só porque eu odiei isso antes, não significa que vou odiá-lo pelo resto da vida. As pessoas mudam, Motoya."

"Ok, sim, entendi, mas essa mudança é muito repentina. Outro dia, na minha casa, você literalmente derramou a garrafa inteira de cranberry na pia porque foi, e cito, 'uma vergonha para a humanidade'."

Você soltou um bufo de escárnio.

"Puxa, Omi, você é um pouco dramático, não é?" Você dá uma cotovelada nele de brincadeira, ele se encolhe fazendo beicinho.

Por um momento, você achou que ele parecia adorável.