chapter seventeen

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— Onde você vai? — você pergunta ao notar a movimentação de Kageyama

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— Onde você vai? — você pergunta ao notar a movimentação de Kageyama.

— Que pergunta idiota, vou à festa com você — ele dá os ombros, espirrando um pouco de perfume no pescoço.

— Sai dessa, o convite não se estende a você. Principalmente com seus ataques perto do Oikawa — você revida.

— Grande coisa, sua única opção é minha companhia — ele te empurra sem força para sair do caminho enquanto sai do quarto, te deixando frustada.

Bufando de raiva, você termina de se arrumar rapidamente, amaldiçoando todas decisões que te levaram a esse ponto específico da vida.

Tobio está sentado no sofá, aguardando por você. Hinata tinha arrastado Yamaguchi e Sofia para um barzinho, enquanto Tsukishima provavelmente estava preso no quarto.

— Vamos logo — você reclama.

— Espero que você se comporte, sem palhaçadas — você revira os olhos, a trégua que estava estabelecida não iria durar se ele continuasse sendo tão irritante.

— Vai se ferrar, é você quem sempre mete o louco! — as gírias usadas por Shoyo estavam lentamente te contaminando.

O apartamento de Oikawa ficava no último andar, a cobertura era enorme, e você já tinha ouvido falar das festas épicas que ele dava lá.

— [Nome]! Você veio mesmo — Toru sorri assim que você passa pela porta, a expressão não se altera quando ele vê Kageyama, enquanto Tobio parece pronto para morde-lo ou algo do tipo — Fique a vontade, mi casa, su casa!

É quase difícil acreditar que Kageyama consiga abominar tanto alguém tão gentil e amistoso quanto Oikawa, ele claramente possuía um lado competitivo que jamais ficava satisfeito, mas no fim das contas Tobio também era assim.

— Se é pra ficar de cara feia, devia ter ficado em casa — você murmura para ele — Vou pegar uma bebida para nós, então vê se aproveita para fingir estar feliz.

Você aceita a careta dele como resposta suficiente, e caminha em direção ao bar improvisado na cozinha.

— Achei que não viria — você se assusta com a voz de Iwaizumi.

— Jamais perderia a oportunidade — você o responde.

— Kageyama veio mesmo com você? — ele questiona, rindo quando você confirma — Bem, essa é nova. De todas as festas que Toru fez e seus amigos vieram, ele não apareceu em nenhuma delas.

— Ele quer que eu fique o mais distante possível do Oikawa, acho que se precisar vai jogá-lo da sacada — Hajime ri e por um instante você nota como ele é bonito, normalmente as pessoas elogiavam muito a aparência de Toru, como se Iwaizumi não estivesse bem ao lado dele.

— Não acho que exista um mundo onde esses dois se dão bem, dentro ou fora de campo.

— Acho engraçado tudo isso, os dois são tão bons mas ainda sim precisam agir como crianças — você ri — Eles são muito parecidos.

— Kageyama tem talento, isso é nítido, mas ele não tem alma. Vê-lo em campo é como assistir a um robô programado para vencer, não existem emoções em seu rosto ou em seus passes — Hajime comenta —  Já Oikawa não é naturalmente talentoso, mas é emocionante ver seu crescimento a cada treino, ele se esforça e demonstra amar o jogo, é a principal diferença entre eles.

— Cada um tem aquilo que falta no outro, por isso é interessante assistir à suas discussões — você finalmente se recorda dos copos vazios em sua mão — Eita, me esqueci de levar isso para o Tobio. Depois conversamos mais, Iwa.

Você encheu os dois copos com um ponche suspeito que tinha cheiro de vodka e cor de gelatina, equilibrando-os com cuidado, você retorna até onde deixou Tobio. Ele está pouco entretido em uma conversa com uma garota, e assim que vê você, a dispensa com rapidez.

— Finalmente você voltou, ela estava me irritando — ele reclama.

— Desculpe, eu estava... — ele a interrompe.

— Falando com o Iwaizumi, eu notei — ele não parece irritado, como você esperava, só algo próximo a magoado — Você estava demorando e fui conferir se estava tudo bem.

— Só estávamos conversando, relaxa — você toma todo conteúdo de seu copo em alguns goles, se arrependendo pelo amargor residual que permanece na garganta.

— Sim, com certeza é o que todos vão pensar — ele ri amargamente.

— Tobio, já chega. Não pedi que você viesse, não pedi nada disso, então pare de agir como se eu fosse culpada pelo seu terrível humor! — você afirma, cheia de tantas acusações e reclamações durante todo o dia, por um instante você acreditou que vocês estavam se entendendo de verdade.

— Você está causando uma cena — ele continua reclamando, e abruptamente puxa seu antebraço em direção ao corredor, testando portas até encontrar um quarto vazio, trancando-o assim que vocês entram — Vamos, agora pode gritar comigo.

— Por que você está agindo dessa forma? Não tenho culpa dessa rivalidade infantil que você alimenta com Oikawa, nem do seu ciúmes bizarro. Você me afasta e então quer se aproximar de novo, o que eu sou para você, um brinquedo ou um jogo? — você finalmente expressa tudo que sente — Não dá pra continuar agindo assim, você só me machuca e age como se fosse minha culpa!

— Eu sinto muito — ele diz tão baixo que você se pergunta se realmente ouviu.

Os dedos dele afastam o cabelo de seu rosto, acariciando a pele com delicadeza. Era como se houvesse uma versão secreta de Kageyama, inacessível na maior parte do tempo, que aparecia só nos momentos em que ele queria.

— Eu sinto muito mesmo — ele repete, te deixando em choque quando decide unir seus lábios de forma abrupta. É rápido e tira todo seu fôlego, você está morrendo de raiva, mas não consegue se afastar.

Vocês se movem em direção a cama, as mãos dele queimando seu corpo por toda parte, e é a única coisa que te faz perceber que é real.

No fundo de sua mente, você sabe que é um momento fugaz que vai durar tão pouco que mal parecerá que realmente aconteceu. Ele vai embora sem desculpas assim que a consciência chegar, mas você aproveita cada segundo culposo.

Você encara os profundos olhos azuis de Tobio quando ele se afasta, se deitando ao seu lado em silêncio. É o momento mais estranho que vocês já compartilharam, é tênue e parece que qualquer estalo vai fazer acabar.

— Desculpe — você se vira ao som da voz dele, e é quando você sabe que acabou.

Você pode fingir qualquer coisa na vida, pode fingir tão bem que começa a acreditar na própria farsa. Talvez você tenha fingindo bem demais, e tenha começado a confundir o que é ou não real.

Ele simplesmente vai embora. E você fica sentada na cama de um estranho, sozinha, como sempre ficava quando estava com ele.

Você amava Kageyama do jeito que uma mariposa ama ao fogo. No momento em que você chega perto demais, ele a machucaria e nem se daria conta disso. Tobio apenas fez isso porque é o que ele faz, afligindo qualquer um que ultrapasse seus muros.

 Tobio apenas fez isso porque é o que ele faz, afligindo qualquer um que ultrapasse seus muros

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Nós mulheres meio Kageyama novamente 🌹

CRUEL SUMMER ⋆ tobio kageyama Onde histórias criam vida. Descubra agora