Prólogo

5 1 0
                                    

Faz um tempo desde que Margot deixou a pista de dança. Típico dela sair e demorar após um bom bate papo com algum desconhecido que ela esbarrou entre a mesa de frios ou então antes de decidir se vai virar mais uma batida ou não.

É o tipo de pessoa que não se pode confiar sozinha sem antes entregar uma moeda para que ela decida no cara ou coroa. Por outro lado se eu tivesse uma moeda para decidir no cara ou coroa iria duvidar das possibilidades, analisar se a forma que eu joguei a moeda era propícia para ela cair na cara e Margot ganhar e termos que vir em uma festa de procedência duvidosa. Mesmo que ela diga que não tem nada a ver.

"Ei, maluquete!", Margot me chama. "Se liga nos dois carrapatos que eu consegui."

Tem dois guardas quase cheirando o cangote dela.

"Qual é Margot, não estava nos planos derrubar alguém em cima da mesa de frios e caçar confusão", digo em tom de brincadeira.

Seu olhar encontra o chão e percebo que parte do que disse é a verdade.

Ao meu lado Sarah falha em segurar o riso.

"Eles vão me levar. Vim me despedir de você, amiga querida", antes de impedir o abraço de sucuri dela, ela já está quebrando minhas coatelas. "Fui expulsa antes da diversão começar." Lágrimas falsas escorrem em seu rosto, habilidade que ela obteve após treinar para o papel principal na peça teatral da faculdade.

E então as luzes apagam e a música desaparece.

Só tenho tempo de ver a plataforma do dj o engolir e segundos depois ele sumir.

Meu olhar vai de encontro com o de Margot e mesmo que sem saber ler seus lábios ou conseguir ouvir sua voz, eu soube que de sua boca sai uma única palavra que congela minha espinha.

"Começou."

"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando A Música PararOnde histórias criam vida. Descubra agora