Olá, boa noite.
Bom, essa é minha primeira história que eu tenho coragem de publicar.
Caso encontrem erros, por gentileza, avise-me.
Obrigada pela atenção e boa leitura.Obs.: Todos os personagens eu retirei da Bíblia. Então, eu não criei eles. Eles não me pertencem.
__________________________________________________________________________________Capítulo Primeiro.
"Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão lutou, juntamente com seus anjos, mas..."
Apocalipse 12Naquele mundo de poeira e fumaça, que se tornara o planeta Terra, os humanos que conseguiam segurar firmemente suas esperanças de sobreviver à "segunda vinda" eram contemplados com explosões gigantescas vindas do céu. Miguel, ou melhor dizendo, o Arcanjo Miguel e seus anjos, travavam uma batalha contra Lúcifer e seus demônios. Uma batalha já escrita antes mesmo de acontecer. Uma batalha com o vencedor já estabelecido. Uma batalha com o destino já traçado. Miguel estava lá porque obedecia às escrituras. Miguel obedecia a Deus.
Lúcifer, o Caído, também já sabia o destino que o aguardava. Um destino cruel demais do seu ponto de vista. Mas lutar contra seu irmão era melhor do que ser preso em um buraco escuro e sem vida na terra pela eternidade.
Um trovão cortou o céu azul-escuro naquele momento. A espada de Miguel estava erguida e se encaminhava na direção de Lúcifer.
— Serpente enganosa! Seu destino está traçado. Tu morrerás pela minha espada, ou melhor dizendo, pela espada do Senhor, Aquele que fez o Céu e a Terra! — gritava Miguel. — Quem é como Deus? NINGUÉM! — E depois dessas últimas palavras, Miguel atacou Lúcifer com toda sua coragem e devoção ao Senhor dos Exércitos.
— Moleque mimado! — disse Lúcifer, segurando seu escudo onde pudesse suportar toda a força do golpe desferido por Miguel. — Se não fosse por mim, você nem estaria aqui! O que acha, Miguel? — perguntou Lúcifer, desviando de outro ataque do Arcanjo. — Você só existe porque EU existo! — Lúcifer abriu um sorriso largo. — Você foi feito para mim, irmãozinho...
Nesse momento, Lúcifer começou uma sequência de gargalhadas descontroladas. O Caído fechou sua mão e deu um belo e forte soco na direção de Miguel. Este, por sua vez, logo colocou o escudo na frente da trajetória do golpe. O soco de Lúcifer foi tão forte que afundou a superfície do escudo, deixando sua marca quente e odiosa no instrumento de Miguel.
Pela primeira vez em milênios, Miguel olhou incrédulo para Samuel*...
Miguel logo se colocou em posição de ataque para outra investida quando, ao longe, começaram a ouvir os sons de trombetas tocando…
Os sons das trombetas ecoaram cada vez mais alto, enchendo o céu com uma melodia celestial que reverberava por todo o campo de batalha. Miguel e Lúcifer, momentaneamente surpresos, pausaram em sua luta titânica, olhando para o horizonte de onde vinham os sons.
Enquanto os sons das trombetas cresciam, uma luminosidade deslumbrante se manifestou, uma presença divina que transcendia qualquer descrição. Era a manifestação da vontade de Deus em sua forma mais pura.
Miguel e Lúcifer, irmãos separados pelo destino, agora se encontravam diante do próprio Criador. As asas de Miguel se abaixaram, e ele logo ficou em posição de reverência. Já Lúcifer apenas olhava em direção à luz com dificuldade, mas não demonstrava nenhuma reação.
Deus, em toda a Sua glória, falou com uma voz que era música e trovão ao mesmo tempo:
— Meus filhos, chegou a hora. A batalha entre o Céu e o Inferno deve chegar ao seu fim. Mas não da forma que está escrita.
Miguel, surpreso, levantou a cabeça e, com uma expressão duvidosa, perguntou:
— Mestre, eu não entendo...
Então Deus continuou:
— Meu querido Miguel, é muito simples de entender. Não posso acabar com a coisa mais preciosa da minha criação: o ser humano.
E Miguel, com uma raiva fora do comum, disse:
— Esses macacos sem pelos? Eles são as suas criaturas favoritas? E quanto aos outros seres da criação, Senhor? Também não são importantes?
Nesse momento, Lúcifer decidiu falar:
— Ele não se importa com mais nada, Miguel... depois que esses idiotinhas apareceram, o resto só existe para eles.
Miguel virou com ímpeto para Lúcifer:
— Ninguém está falando com você, seu enganador!
Então, se fez um silêncio tranquilo. Como se o mundo todo tivesse parado para escutar o que Deus iria falar:
— Miguel, filho, Cristo conversou comigo sobre a situação de meus filhos humanos e me convenceu a fazer uma alteração nas escrituras do Destino.
— Que alteração? — perguntou Miguel.
— Darei 2.000 anos para que a humanidade aprenda os mistérios do Céu e do Inferno. Só assim eles poderão parar de começar tantas guerras. — Pareceu que Deus ponderou um pouco antes de falar — Caso o ser humano não entenda os nossos mistérios ou não os use para o seu próprio bem, eles serão extintos do universo. Posso contar com sua ajuda, Miguel?
Miguel estava incrédulo com tudo o que tinha ouvido até o momento. Mas ele não podia pensar. Era um soldado, seguia ordens.
— Que seja feita a sua vontade. — disse, por fim, Miguel.
Deus emanou luz para Lúcifer, que até o momento estava calado ouvindo tudo e achando aquilo uma perda de tempo.
— Samael, meu filho. Poderias deixar seu orgulho de lado e se juntar a esse propósito?
Lúcifer, com a simplicidade de uma criança, falou:
— O que eu ganho em troca?
— Lúcifer! — repreendeu Miguel.
— Vamos lá, Papai... me surpreenda. — disse Lúcifer com uma mistura de sarcasmo e ironia.
Deus ponderou novamente e acabou falando:
— As almas de todos os humanos serão suas, Samael.
Lúcifer, com os olhos arregalados, respirou fundo e pigarreou. Não poderia ter ouvido aquilo de Deus. E com toda a sua arrogância respondeu:
— Cuidado que eu cobro, Papai. — disse em meio a um sorriso torto.
— Sempre cumpro o que prometo, meu amado Samael. — disse Deus afetuosamente.
— Fechado! — Lúcifer disse por fim.
Deus então decretou:
"A partir de hoje, meus anjos e servos do oculto colaborarão para o aprimoramento da humanidade. Não haverá mais distinção entre o Céu e o Inferno. Todos comporão um único rebanho, dedicado ao bem da humanidade. Assim Eu decreto."
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Olá, boa noite.
Bom, essa é minha primeira história que eu tenho coragem de publicar.
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Obrigada pela atenção e boa leitura.Obs.: Todos os personagens eu retirei da Bíblia. Então, eu não criei eles.
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O Prazo Divino [EM REVISÃO]
SpiritualApós a segunda vinda de Cristo à Terra, Miguel e seu exército de anjos confrontaram o exército de anjos caídos liderado por Lúcifer. Após três dias de uma batalha ferrenha, onde a população humana já era escassa, nenhum resultado foi alcançado; nem...