I love you Tanjiro! - ABO - Rescrita.

Um Novo Começo - Rescrita.

R E S C R I T A.
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O despertador tocou pela terceira vez naquela manhã, mas Zenitsu ainda não se mexera. O quarto estava levemente iluminado pela luz do sol filtrada pelas cortinas azul-claras, refletindo sobre os móveis organizados de maneira quase meticulosa. A mochila preta e amarela jazia ao lado da escrivaninha, já preparada com os materiais novos. Sobre a cadeira, um conjunto de roupas escolhido na noite anterior aguardava para ser vestido.

O som de passos apressados ecoou pelo corredor, seguido pelo ranger da porta sendo aberta sem cerimônia.

— Levanta, Zen! Hoje é seu primeiro dia! Você não quer se atrasar, né? — Kaigaku cruzou os braços, encostando-se ao batente da porta. Seu tom era firme, mas carregado de carinho.

Zenitsu se encolheu embaixo das cobertas, escondendo o rosto.

— Nee-san, eu não sei se quero ir… Tô com medo. E se não gostarem de mim? E se rirem de mim, como na escola antiga?

Kaigaku suspirou e sentou-se à beira da cama, puxando levemente o cobertor para revelar os cabelos loiros bagunçados do irmão.

— Zen, você é incrível. Quem não gostar de você não merece sua atenção. Além disso, seus amigos vão estar lá. Não precisa se preocupar.

Zenitsu ergueu os olhos dourados, ainda sonolentos, para Kaigaku e sorriu levemente.

— Ahhh, Nee-san, o que eu faria sem você?

— Kkkkk, não exagera. Sou seu irmão, é meu dever...

— “Proteger você de qualquer coisa ou pessoa, principalmente de vários alfas idiotas por aí” — Zenitsu completou, imitando a voz de Kaigaku.

Kaigaku piscou, surpreso, e riu.

— Nossa, não percebi que repetia isso tantas vezes.

Ele bagunçou os cabelos de Zenitsu e se levantou.

— Agora, vai se arrumar! Você tem escola!

— Aaaah, tudo bem…

Zenitsu finalmente se espreguiçou e foi para o banheiro. A água morna do chuveiro ajudou a despertar seu corpo, enquanto o cheiro suave de seu shampoo de lavanda preenchia o espaço. O vapor pairava no ar, e ele passou a mão pelos fios dourados, tentando afastar o nervosismo.

Ele sempre foi sensível, principalmente em relação aos sons ao seu redor. Sua audição aguçada tornava qualquer barulho alto insuportável, algo que seus antigos colegas de escola usavam contra ele. Era por isso que ele tinha saído de lá.

Ao sair do banheiro, secou os cabelos rapidamente e vestiu seu uniforme casual: uma camisa preta de manga longa, sobreposta por um casaco amarelo com detalhes geométricos, combinando com calças jeans escuras e tênis brancos. Olhou-se no espelho e sorriu.

— Perfeito!

Kaigaku apareceu na porta novamente, desta vez segurando um pequeno embrulho.

— Seus amigos estão lá embaixo, mas antes… Eu sei que você disse que não queria café, mas fiz esse lanchinho pra você. Não quero que passe mal.