「 𝗦𝗜𝗡𝗢𝗣𝗦𝗘 」

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Raiva, ódio e desprezo é tudo que sinto nesse momento! Humanos idiotas e enxeridos.

"Não envelhecem?"

"Nossa, quantos anos elas tem mesmo?"

Ou

"Ela realmente já terminou a escola?"

Eu já sabia que em algum momento algo assim aconteceria, como acontece em todas as vezes, eu realmente gostei de morar aqui.

— Querida? — ouço minha tia Anna chamar do corredor.

— Sim, tia? Estou no quarto. — respondi chateada.

De costas para a porta sinto minha tia adentrar o cômodo, que agora está vazio. Sinto sua mão em meu ombro em forma de conforto.

— Sei que gostava daqui, Eliza, mas você sabe as regras do novo concelho não podemos arriscar. — solto um longo suspiro e me viro para encara-la.

— Eu sei tia, está tudo bem, vai passar.

— O lugar para onde vamos é maravilhoso, bem afastado da cidade, cercado com árvores, grama e muita chuva pra você correr! — sorri com a animação de minha tia. Bruxas amam a natureza e lobos também.

— Queria que a mamãe estivesse aqui, e apesar de não ter conhecido meu pai eu também o queria aqui. — tia Anna me deu um sorriso triste.

— Eu sei que sim querida, sua mãe está orgulhosa da mulher incrível que você se tornou! E seu pai, bom, seu pai era o Diabo em pessoa. — soltei uma gargalhada junto de minha tia. — Niklaus não ficou um dia sem perguntar de você, sem lamentar não poder estar perto da bruxinha primogênita dele.

— E ele certamente diria que você tem o diabo nos olhos como ele. — diz minha avó Martha se juntando a conversa.

— Nossa família sempre estará em dívida com os Mikaelson, Niklaus, Elijah e sua mãe morreram para salvar você e a pequena Hope e tenho certeza que fariam tudo de novo. — diz vovó.

— Ele nos ajudou com o concelho quando queriam tirar você de nós, por isso que temos que ir embora! Não podemos arriscar o que sua mãe e seu pai morreram para proteger! — continuou tia Anna.

— Você, querida. — terminou vovó saindo com minha tia do cômodo.

Sei que ambas estão certas, não posso deixar que todo sacrifício tenha sido em vão, vou fazer o possível para honrar a memória desses que já se foram. E se isso significa me mudar de ano em ano que assim seja, eu nunca gostei muito de humanos mesmo, são traiçoeiros e invejosos. Até tentei ficar na escola Salvatore com a minha irmã mas mal fiquei duas semanas e voltei para casa, não é para mim.

Seguro com força meu colar com o brasão da família Mikaelson com a mão que uso o anel que herdei de minha mãe e quase que no mesmo instante o sinto brilhar e uma calma me atinge.

— Eu também amo vocês. — sussurro, sinto uma lágrima solitária rolar, a seco rapidamente saindo do cômodo vazio com uma sensação boa, algo como o encerramento de um ciclo, paz comigo mesma.

Desço as escadas com um sorriso no rosto que logo some quando sou atingida por uma caixa voadora.

— Mas que porra..

— Olha a boca Elizabeth Bishop Mikaelson! — repreende minha avó.

Olho em volta e vejo não só uma como várias caixas voadoras, vassouras correndo pela casa tirando as teias de aranhas, Sabrina correndo desesperada de uma caixa que estava tentando empacota-la enquanto grita coisas inimagináveis para a coitada da caixa.

Minha primeira reação é cair na gargalhada atraindo toda a atenção para mim, logo minha tia e minha avó me acompanham e assim foi o resto da nossa tarde, entre risadas, caixas voadoras, vassouras malucas, uma Sabrina muito brava e caos.

Espero que Forks realmente seja o que minha tia me prometeu.

Continuo?

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Continuo?

𝐘𝐨𝐮 𝐀𝐧𝐝 𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora