O Destino em Minhas Mãos ღ [Yoon.Kook]

Capítulo 1

O dia da Colheita das Uvas é um dia super especial para as famílias que ganham ouro, prata e cobre de grandes nobres de todo o país; já para outros a Colheita era um pesadelo.
Eu vivo numa vila onde para sobreviver, nossas famílias vendem ômegas ainda jovens para Alfas de todo o país. Nossa vila é um local muito pobre e dificultoso para se ter colheitas e trabalho, então para que as famílias sobrevivessem, a cada ômega que completava 16 anos e entrava no cio durante a Colheita, era um ômega vendido para matar a fome de uma família extremamente pobre.
Hoje era esse dia, o dia em que ômegas seriam entregues nas mãos de Alfas que só queriam prazer e servos durante o cio.
As vezes eu mesmo tinha medo de ser vendido, mas meu irmão sempre fazia questão de lembrar que ele nunca me trocaria por nada. Eu Min Yoongi morava com meu irmão desde meus 12 anos, quando minha mãe por uma doença, acabou morrendo. Meu irmão tinha 21 anos e era um Alfa, por sorte... Taehyung já era casado a um tempo com um ômega da vila, chamado Hoseok. Para que Hoseok não fosse vendido na Colheita, Taehyung o pediu em casamento aos 17 anos e logo foram morar juntos.
Hoseok parecia sentir-se incomodado com minha presença as vezes, talvez pelo cuidado que meu irmão tinha comigo. Mas o garoto não trocava uma palavra se quer comigo ou quando falava, eram no mínimo duas ou três palavras proferidas de forma seca e ríspida. Com o tempo passei a me acostumar a ficar mais calado, sentia como se estivesse incomodando, então vivia mais em casa fazendo os trabalhos domésticos, enquanto meu irmão e o ômega trabalhavam fora.

Estava sentado estendido sobre a mesa, sentia-me um pouco cansado, já havia passado, lavado, varrido e cozinhado o que tínhamos para o almoço, olhando no relógio era menos de 12:00 ainda, mas minha barriga ja gritava de fome, porém eu não comeria sem meu irmão. Como o dia estava agitado na vila, com certeza a venda de pães dele deveria estar super lotada, as pessoas do vilarejo amavam presentear os alfas que vinham até nossa vila fazer de ômegas novos seus escravos.
Suspirei exasperado, pendendo a cabeça para a frente, ficando de rosto com a mesa velha de madeira, a mesma estava toda poída do tempo. Quantos anos ela estava aqui? A décadas era usada por outros moradores, pois o que podiamos comprar de mobílias, eram usadas.

- Você não está me ouvindo? - fui acordado de meus desvaneios assim que ouvi a voz fraca de Hoseok. Assim que o olhei, o mesmo revirou os olhos. - Tem como prestar atenção?

- Pode falar, estou ouvindo...- o respondi calmamente.

- O Tae pediu pra que você fosse ajudar ele na padaria, vim comer e fazer a marmita dele, então depois eu vou. - ele comentou, indo até o balcão que tinha as vasilhas com a comida. Porém, ele se virou para me olhar e suspirou. - Você vai ou não?

- Certo, estou indo. - levantei-me, saindo o mais rápido que eu podia de dentro de casa.

Ao chegar na calçada de casa, puxei ar com toda a minha força e olhei para o céu. Estava um azul triste, como se quisesse chover, talvez os deuses não se agradacem do que acontecia naquela Colheita...
Caminhei na direção do centro do vilarejo, precisava chegar na padaria do meu irmão qu ficava um pouco longe de onde moravamos, porém fiquei surpreso com a quantidade de carros diferentes que haviam alí, homens saim de forma completamente elegante de dentro dos veículos, paletós, casacos sapatos de marcas que nem sabiamos pronunciar. Eles exalavam luxúria misturado ao seu cheiro amadeirado e conseguiam impor presença por onde passavam. Alguns tinham o olhar faminto, caçando um daqueles pobres ômegas.
Senti uma mão tocando em meu ombro, ao me virar, deparei-me com um cara mais alto, ele cheirava a cigarro e madeira. Os olhos daquele homem tinham puro desejo e eu senti minhas pernas bambearem.

- Está perdido? Posso te levar para o palco, prometo pagar por você duas barras de ouro e usufruir de seu Cio, pequeno ômega. - estapeei a mão dele, sentindo nojo e corri o mais rápido que pude.