Eu deveria?

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Eu passei dos meus limites quando inventei de escrever para ela, sabem como quando vocês se sentem apaixonados? Tão apaixonados que vocês são capazes de atravessar o oceano de barquinho? Foi isso que eu vi em mim, não queria ter me estragado, estou severamente estragada agora...

Agora? Não, ontem. Não, antes de ontem. Na verdade, semana passada, quer dizer...Mês passado ou...Porra, ano passado.

E quem me estragou, coração? Você ou ela?

Fui poeta em alguns dias, fui artista em outros, fui apenas eu para ela em muitos dias.

Ela sentiu a sensação de ter tudo e não me ter, é como se você tivesse uma mente, mas você não a usa, ter um coração e você o ignora.

"O poema da minha saudade é você"

E foi assim que eu estraguei a minha vida e meu coração, escrevendo pra que ela lesse e disesse "A cada poema seu para mim, se supera mais e mais. Sinto que estou me apaixonando por você".

Na realidade, ela fez isso, mas desistiu, e eu não tive desistido até me tocar que era perda de tempo querer ela de volta.

Eu escrevi para que ela existisse, e a mesma leu para me esquecer. Eu escrevi para me perder no olhar dela e amar à distância, para afundar no mar, para estar com ela mesmo que não esteja. E ela leu para escapar, para esquecer que eu não estava e que sentia sua falta, descobrindo sem surpresa que o esquecimento é cheio de memória.

Eu escrevi porque eu quis, e porque eu a admirei até o fim. Ela leu e sentiu, mas não demonstrou o suficiente.

Mas eu lembrei que, às vezes, a confusão dela por dentro pôde obscurecer a capacidade dela de expressar amor. E para mim, a minha cura foi seguir em frente e reescrever meu enredo.

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